Treinamento dos funcionários e colaboração com empresa aérea são as ações. Três novos contratos animam a empresa
Após 18 anos realizando a logística do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a Célere Intralogística traz este ano novidades visando otimizar as operações. Entre elas, destaque para o treinamento dos funcionários e troca de informações com a companhia aérea responsável pelo movimento dos itens até o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Este ano, o GP Brasil de Fórmula 1 será realizado entre os dias 16 e 18 de outubro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. No total, 350 colaboradores da Célere estarão envolvidos na operação.
O CEO da empresa, Alex Feijolo, explica que o trabalho da companhia é descarregar as aeronaves, carregar os caminhões, transportar os itens, descarregá-los e alocados nos locais indicados pelas equipes. Para agilizar o trabalho, este ano 40 funcionários serão levados a Viracopos para a realização de um treinamento sobre organização das caixas.
O executivo também comemora a parceria com a companhia aérea. “Teremos o maior número possível de informações – como são os equipamentos que acondicionam os produtos, qual o volume, e como a carga é distribuída de acordo com o tamanho do avião. Com isso, ganhamos velocidade operacional”, afirma. Feijolo conta que a iniciativa de trocar informações será fundamental no momento do retorno das cargas. “Geralmente, quando o voo retorna, temos que organizar as cargas de acordo como perfil interno da aeronave e recebíamos esta informação apenas quando chegávamos com a carga no aeroporto. Agora, como já temos as informaçõe previamente, organizamos os produtos nos contêineres aéreos ainda no autódromo”, salienta. De acordo com o CEO, ao final da operação, a Célere terá movimentado cerca de duas mil toneladas de material.
Apesar de todo o planejamento, a imprevisibilidade faz parte desta operação. O executivo exemplifica. “Às vezes, esperamos que a aeronave venha carregada de uma determinada maneira, recebemos a informação, mas quando ela chega a realidade é outra. Mas hoje conseguimos nos reorganizar com rapidez, acionando, por exemplo, mais veículos caso haja necessidade”, conta. Feijolo garante que a Célere está preparada para possíveis desvios. “Fomos aprendendo ao longo do tempo que há coisas na operação logística que não são ditas, mas acontecem”, frisa.
Novos contratos
Além da já tradicional operação da Fórmula 1, a Célere comemora a conquista de três clientes. O CEO conta que duas das empresas são do segmento de químicos. “Já movimentávamos este tipo de produto, mas utilizados na linha de produção de companhias de outros setores, como papel e celulose. Agora, vamos começar a atuar fortemente nesse mercado, fechando contratos específicos”, informa. Nestes clientes, anuncia, o trabalho está focado na intralogística. “Num deles vamos gerenciar o estoque de matéria-prima e retirada das linhas de produção. No outro, gerenciaremos toda a movimentação do centro de distribuição”, conta.
O terceiro novo cliente atua no setor automotivo. Nele, a Célere realizará a gestão de transporte. Feijolo lembra que este segmento já fazia parte do portfólio da companhia, mas não havia contratos específicos fechados. “Vamos gerir desde o carregamento dos caminhões da transportadora até a entrega no cliente final e gerar relatórios gerenciais com as informações coletadas”, diz.
Nestas três operações, cujos nomes dos clientes a Célere não tem permissão para divulgar, serão empregadas 150 pessoas.
Expectativa
Os planos para 2010 já estão traçados. A meta da empresa, anuncia o CEO, é iniciar a atuação em novos mercados, como a indústria de química fina – farmacêutica e alimentos funcionais.
O próximo ano também marcará o reforço do posicionamento da Célere como um operador logístico que agrega valor ao cliente. “Queremos passar a ideia de que a intralogística é todo um processo integrado, não havendo como analisar apenas a aplicação de uma pessoa ou um equipamento. Para isso, queremos participar das decisões dos clientes e, juntamente com eles, propor a melhor solução”, define.
As ações reforçam o otimismo de Feijolo. “Percebo que nossos clientes estão assumindo novos projetos. Nossa expectativa é gerar novos negócios, além de crescer nos atuais”, afirma. Quanto a números, o executivo revela que o faturamento do Grupo Movicarga, ao qual pertence a Célere, será de R$ 60 milhões. “Para 2010, a perspectiva é crescer 30%”, diz.