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CSI Cargo Logística assume planta da Case New Holland

Por Redação em 24 de março de 2009 às 15h00 (atualizado em 05/05/2011 às 11h22)

Mudanças promovidas pela operadora permitem à fabricante de veículos agrícolas maior controle sobre sua própria produção

A CSI Cargo Logística assumiu, no final de 2008, toda a gestão da planta paranaense da Case New Holland, uma área de 25 mil metros quadrados em Curitiba, e prontamente transformou a unidade em referência para as outras fábricas da marca no mundo. Apesar de notória, a melhoria alcançada não dependeu de altos investimentos em tecnologia ou mudanças drásticas no projeto. Ao contrário, a proposta da operadora se baseou na quantidade e qualidade da informação para permitir à fabricante o controle absoluto sobre sua própria produção.

“Antes da parceria com a CSI, nós atuávamos com um mesmo fornecedor para a gestão da planta e para o transporte, e isso gerava vícios que acabavam atrasando o fluxo produtivo. Além disso, não tínhamos nenhum controle sobre a nossa produção, e quando pedíamos informações elas não chegavam”, relembra Átila Leme, gerente de Operações da CNH. “Percebemos que na área entre a expedição e a entrega havia um grande ponto de interrogação e identificamos que esse ponto poderia ser bastante melhorado se separássemos os interesses entre esses departamentos”, completa.

Foi aí que a CNH abriu concorrência no mercado, buscando um gestor logístico que concentrasse experiência e representatividade de mercado, know how em atividades semelhantes, e solidez financeira. O contrato com a CSI foi fechado em 31 de outubro, e o serviço começou, efetivamente, em 1º novembro, envolvendo recebimento dos produtos, controle do estoque no pátio, PDI (pre-delivery inspection, sigla em inglês para Inspeção Pré-entrega) e expedição dos produtos. “Nós pegamos a operação muito degradada e tivemos que começar praticamente do zero. Nosso primeiro trabalho foi confeccionar um novo inventário da planta, este sim preciso e acurado”, recorda Claudio Cortez, gerente Comercial e de Marketing da CSI Cargo.

Operação

A principal mudança verificada na planta da CNH é o controle do fluxo produtivo, e se tornou possível graças à implantação, pela CSI, de um amplo sistema eletrônico e online que concentra todas as informações, dos mais diversos setores da fábrica, e substituiu os documentos impressos em papel em 30 dias. Hoje, todas as informações estão em tempo real na web: desde o recebimento dos equipamentos até a expedição dos produtos, passando pela guarda e todos os check lists de qualidade efetuados durante o processo. A mobilidade dos analistas de qualidade foi mantida com a troca dos check lists de papel por Pocket PCs que se comunicam por WiFi com o software outbound da CSI. Assim, se o analista identifica uma anomalia em determinado passo do processo, o sistema envia, automaticamente, um aviso ao setor responsável para que corrija o problema, ao mesmo tempo em que bloqueia o produto em questão, tirando-o da fila de expedição.

“Quando assumimos a operação, a capacidade de expedição era de 44 unidades por dia no total e, uma semana depois, alcançamos o objetivo de elevar esse indicador para 85 unidades por dia. A meta que nos foi estabelecida em contrato prevê: 55 tratores, 15 colheitadeiras e 15 plataformas expedidas por dia”, compara Marcelo Alves, executivo da CSI que se chefiou a implantação do projeto na CNH. “Logo no início tivemos que aumentar um pouco a carga horária, em forma de horas-extras, para dar conta da meta. Mas agora, com a implantação quase total do nosso software de gestão logística, já atendemos a expectativa sem nenhum ônus”, comemora.

Segundo Alves, falta muito pouco do sistema a ser implementado. “A parte de controle dos processos já está 100%, mas as informações de produção ainda são incluídas manualmente. Isso passará a acontecer por interface dos sistemas da CNH de gestão da manufatura e de nota fiscal, com o software da CSI. A consolidação da interface entre estes sistemas deve otimizar ainda mais a operação, e será concluída até o fim de abril”, garante. O executivo acredita que essa medida vai eliminar o que é hoje o único gargalo restante na operação: o cadastramento das notas fiscais no fim do mês, período em que aumenta muito o número de expedições. “Hoje, no último dia do mês, expedimos cerca de 200 unidades. Por ser um volume muito grande, mais que o dobro da média diária, e principalmente por depender da inserção manual de uma série de dados numéricos por um único funcionário, essa é a área mais suscetível a erros, que atrasam ainda mais a expedição. Nossa aposta é que, com a consolidação desses dados por interface eletrônica, a produção aumente ou o tempo de expedição diminua. Passaremos a expedir cerca de 220 ou 230, ou expediremos as mesmas 200 unidades em duas horas a menos”, calcula. 

www.grupocargo.com

www.caseih.com

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