Equipamento, aplicado na alimentação dos fornos com alumina, otimiza a produção
Após um ano de desenvolvimento, a Novelis – empresa de laminados e reciclagem de alumínio, colocou em operação, em setembro de 2008, um novo carro de carga destinado ao abastecimento dos fornos com alumina na unidade da empresa instalada na cidade de Ouro Preto (MG). Denominado NGE 151, cada equipamento demandou US$ 70 mil em investimentos, verba proveniente de recursos próprios da Novelis. Atualmente, são três carros em operação, mas até o final de maio a frota será composta por seis veículos.
O coordenador de Manutenção da Novelis, Roberto Resende, explica que o carro de carga utiliza a mecânica de uma empilhadeira, com chassi especialmente desenvolvido. O NGE 151 tem capacidade para carregar quatro toneladas e alimentar até 12 fornos. A largura do veículo é de 1,4 metro, o comprimento de 3,8 m e a altura de 2,7 m. Além disso, o equipamento é dotado de cabine fechada com ar-condicionado e um tipo de carenagem que protege o motor.
Resende salienta que a vantagem da novidade é a baixa intervenção de manutenção. “Há muita eletrônica embarcada na concepção do veículo, o que permite identificar de imediato, por meio de diagnósticos computadorizados, qualquer problema”, diz. O coordenador afirma que o novo equipamento demanda seis horas de manutenção preventiva por semana, frente às 30 horas do anteriormente utilizado. “Nosso custo de manutenção caiu em 80%”, calcula.
O gerente de Fabricação da Área de Metal da Novelis, João Bosco Costa, lembra que eram utilizados na fábrica de Ouro Preto oito carros de carga, desenvolvidos na década de 70. “Eles apresentavam diversos problemas de funcionamento, o compressor utilizado na alimentação dos fornos exigia muita manutenção”, exemplifica.
O antigo equipamento apresentava ainda outras restrições. Costa destaca que o operador ficava exposto a um forte calor, pois não havia cabine protetora. Além disso, a falta de cuidados ergonômicos do posto de operação, o seu tamanho diminuto e as diversas alavancas faziam com que o condutor ficasse mal acomodado. A capacidade de carga de três toneladas e a possibilidade de alimentar até oito fornos, índices baixos de rendimento frente ao atual carro e da necessidade de produção da companhia, também estimularam a troca dos equipamentos.
Para o gerente, é difícil avaliar o quanto a mudança de maquinário trouxe de aumento em produtividade, mas salienta outro fator. “Os fornos têm que receber um volume de carga específico a cada seis horas. Com os novos carros, conseguimos dosar esta aplicação e tornar o processo mais estável”, relata.
Segundo o executivo, a idéia a princípio é manter seis carros em operação, já que este número atende à atual demanda da Novelis.