Empresa estabeleceu como meta em 2008 o aumento da participação do supply chain management em seus negócios no Brasil
Provedora de soluções porta-a-porta em agenciamento de cargas integradas mundialmente, a Panalpina Brasil estabeleceu como objetivo em 2008 o maior posicionamento como operadora completa de logística. Tradicional prestadora de serviços especializados em fretes aéreo e marítimo, a empresa dará prosseguimento ao fortalecimento de sua marca iniciado no ano passado em supply chain management (SCM).
Sem citar números de faturamento ou volume movimentado, o diretor Comercial da Panalpina Brasil, Cristiano Koga, explica que a participação da divisão de SCM nos negócios da filial brasileira chegou a 35% em 2007: “Este segmento é um pilar estratégico que está crescendo a cada ano – em 2006, esse índice estava ao redor de 20%”. O grande salto registrado no ano passado foi resultado do realinhamento dos negócios da empresa devido à falta de estabilidade do dólar no comércio internacional em 2007, ano em que as oscilações cambiais levaram companhia a olhar com mais atenção para o mercado doméstico, que apresentava diversas oportunidades de atuação em operações logísticas.
As ações a serem tomadas neste ano estão direcionadas na ênfase do nome da empresa como operadora completa de logística, com foco na inteligência de mercado, em sistemas de informação e também na expertise em grandes indústrias, representadas aqui principalmente pelos segmentos automotivo e de alta tecnologia/telecomunicações. A oferta de soluções logísticas baseadas em ferramentas de TI para o supply chain management (TMS e WMS), antes presentes no país especialmente em projetos específicos, será enfatizada.
“Vamos utilizar o know-how adquirido nesses projetos em um produto formatado pela filial brasileira, denominado Control Tower, que oferecerá o gerenciamento completo da cadeia de suprimentos”, explica Koga. Para dar base a este produto, a empresa disponibilizará, além do TMS e do WMS, o sistema de rastreamento Intrac, ferramenta desenvolvida internamente com senha e identificação protegida do usuário, para controlar remessas ou itens individuais por fretes aéreo, marítimo ou projeto de armazenagem e distribuição.
A solução permite que as cargas sejam registradas desde a etapa de embalagem, com interfaces em todos os sistemas operacionais de gerenciamento mencionados, e se adapta às necessidades de cada projeto. “Esta ferramenta faz parte do nosso posicionamento de não fazer mass production logistics, mas sim de oferecer soluções customizadas, entendendo as necessidades de cada cliente”, resume o diretor.
Ações em 2008
Para aumentar o market share no país, no segmento de gerenciamento da cadeia de suprimentos, a Panalpina Brasil está desenvolvendo projetos nos estados de Minas Gerais, Paraná e Amapá – hoje, as operações nacionais de SCM estão concentradas no estado de São Paulo e na cidade de Manaus. A expansão da cobertura geográfica doméstica inclui o desenvolvimento de projetos específicos de warehousing & distribution ou de centros de distribuição regionais nos estados citados.
Em virtude de a empresa não ser baseada em ativos fixos, a Panalpina contará com o apoio de parceiros para atender às novas demandas e ficará responsável apenas pelo gerenciamento da inteligência da informação. “Temos uma política forte de subcontratação, pois entendemos que existem diversos transportadores, agentes locais e administradores de armazéns no mercado e não precisamos ser mais um – devemos é ter parceiros competitivos para viabilizar as nossas soluções logísticas”, justifica Koga.
Contando hoje com 14 filiais no Brasil e uma equipe ao redor de 500 funcionários, a Panalpina deu o primeiro passo para aumentar a sua participação em SCM no mês de janeiro com a abertura de um escritório próprio em Belo Horizonte. A filial atuará, principalmente, na região central do estado, no Vale da Indústria Eletrônica (Sul de Minas) e na Zona da Mata. “Pretendemos aumentar nossa carteira de clientes e focar nossa atuação nas indústrias de importação e exportação, mineração e bens de capital” ressalta Koga. “Nossa perspectiva é aumentar a participação nacional do estado para 15% num prazo de 24 meses”, complementa o executivo.