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Portobello investe na distribuição

Por Redação em 26 de julho de 2007 às 11h00 (atualizado em 26/04/2011 às 16h49)

Indústria de revestimentos cerâmicos aposta na gestão do transporte e armazenagem central para gerar eficácia operacional

A Portobello, indústria sediada em Tijucas (SC), apostando este ano no aquecimento das vendas dos setores da construção civil e imobiliário, prepara suas ações logísticas para atender à demanda. As iniciativas são baseadas principalmente no aumento do volume comercializado pela Portobello Shop (rede de franquias) no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, a companhia contabilizou crescimento de 30% no volume comercializado, em comparação ao mesmo período de 2006. A previsão de abertura de 30 lojas até o final do ano também estimulam as ações. Atualmente, a Portobello Shop conta com 96 pontos-de-venda. Além das lojas, a indústria fornece para dois outros canais, engenharia e varejo.

O gerente de logística da Portobello, Sérgio Marques, divulga que 230 mil m2 de produtos destinados à Portobello Shop são movimentados por mês no armazém. A expectativa, contudo, é de crescimento. “Se até o final do ano forem inauguradas as 30 lojas previstas, deveremos atingir uma movimentação de 300 mil m2 mensais”, calcula.

Marques frisa que qualquer índice de crescimento nas franquias tem impacto na operação do estoque. “Quando separamos produtos para os canais de engenharia e varejo, trabalhamos com paletes fechados, pois o volume é maior e fechamos um portfólio único. A separação da Portobello Shop é mais complexa, uma vez que separamos paletes personalizados, com produtos de diferentes tamanhos e cores”, resume.

A contratação de funcionários e a aquisição de equipamentos fazem parte dos planos da empresa caso haja inaugurações. “Compraremos mais quatro empilhadeiras e contrataremos mais pessoas”, diz. O gerente lembra que os números não são fechados e que o setor logístico da indústria crescerá proporcionalmente às necessidades da demanda. Hoje, são 15 empilhadeiras e 122 funcionários multifuncionais operando em três turnos no armazém.

Armazenagem

Instalado na cidade de Tijucas (SC), o armazém da Portobello conta com 85 mil m2 de área de estocagem, sendo que 35 mil m2 cobertos. Hoje, são 3,5 milhões de m2 de produtos acabados estocados.

Marques afirma que o grande diferencial na área de estocagem da companhia é a falta de segregação entre os itens. “Dividem o espaço produtos de diferentes tamanhos, tanto os comercializados no mercado interno quanto os destinados à exportação. Trabalhamos com a curva ABC, sabemos quais os produtos mais giram e os estocamos próximo à área de preparação de material”, define.

De acordo com o executivo, a localização rápida dos produtos é possível graças à utilização da tecnologia de radiofreqüência em conjunto com um sistema de WMS que transmite a informação sobre o endereçamento dos produtos aos operadores.

Transporte

Marques informa que toda a distribuição é realizada com frota terceirizada e com o sistema FOB (Free on Board) Dirigido – a logística determina o transportador e tira das lojas os custos de manter um sistema de transporte individual. Além disso, houve redução do número de prestadores de serviço. “Quando cheguei na companhia, em 1997, tínhamos cerca de 58 transportadores prestando serviço. Só em Porto Alegre, por exemplo, tínhamos cinco operando. Agora, temos oito em todo o Brasil”, relata

O executivo explica que, no sistema FOB, o cliente paga pelo serviço, mas o controle da operação é de responsabilidade da Portobello. “Assumimos os sinistros que podem acontecer durante o percurso, como quebras e roubo, por exemplo”, descreve.

A transferência é realizada por caminhões compartilhados e as oito transportadoras devem operar junto aos três canais. A estratégia tem uma finalidade. “Se colocássemos nos veículos de determinadas transportadoras apenas produtos destinados aos canais de engenharia e revenda, o frete ficaria mais barato por serem paletes fechados”, explica. Já o transporte de itens para as lojas Portobello Shop exige um trabalho diferenciado. “Em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, por exemplo, precisamos de um transit point do transportador para que o produto seja levado até este ponto e, posteriormente, reembarcado para a entrega pulverizada.”

Marques demonstra a importância do transporte eficiente nos custos da empresa. Segundo ele, a companhia tem um custo logístico, somando mercado interno e externo, de R$ 0,33 por m2. Somente o embarque para o mercado externo gera um custo de R$ 0,23; para o canal de engenharia, o custo é de R$ 0,26, sendo de R$ 0,22 para revenda e R$ 0,92 por m2 para a Portobello Shop. Para que estes números não cresçam, a empresa investe na eficácia das entregas. “Por mês, são cerca de 6.200, sendo 1.500 para engenharia, mil entregas para o varejo e 3.700 para a Portobello Shop. O índice de pontualidade nas entregas é de 95%”, calcula.

Hoje, apenas para o mercado interno, a companhia embarca, com itens proveniente dos três canais, 1,1 milhão de m2 por mês. Além de 230 mil m2 para a Portobello Shop, são embarcados por mês 440 mil m2 para varejo e 480 mil para o canal de engenharia. Para a exportação, são escoados mensalmente 430 mil m2. No total, a Portobello escoa por mês 1,5 milhão de m2 de revestimentos cerâmicos.

www.portobello.com.br

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