A Scania comemora os resultados obtidos três anos após o início dos trabalhos do Scania Logistics Lab (SLL), laboratório com foco em testar e colocar em prática as soluções de transporte sustentável da empresa, por meio do desenvolvimento de tecnologias aplicadas à área de logística da própria montadora.
A inciativa é mais uma daquelas que suporta o compromisso global que a empresa assumiu em 2015 de reduzir em 50% a emissão de gás carbônico no fluxo logístico e transporte terrestre até 2025.
Para o vice-presidente de Logística da Scania Latin America, Adolpho Bastos, a sustentabilidade do sistema de transporte não depende somente de operar caminhões. “Trata-se da conectividade, da visualização, da melhoria do consumo de combustível, do constante componente de inovação, do treinamento dos motoristas, ou seja, o SLL nos abriu um mundo de oportunidades de melhorias em toda a cadeia logística, para nós e nossos parceiros”, explica.
Amostra
Hoje, o SLL conta com uma frota de 28 caminhões – quatro movidos a gás natural –, sendo 18 para o transporte de contêineres e dez siders (dois bitrens), operacionalizados por quatro fornecedores de transportes. O laboratório analisa diariamente as entregas que os fornecedores – cerca de 250 na América Latina e 650 na Europa – realizam e, com base nas informações coletadas e analisadas, calcula a rota ideal para o transporte, além de monitorar em tempo real a carga, o caminhão e o motorista para que o transporte tenha a máxima eficiência energética.
“Com o rastreamento, os motoristas podem evitar tráfego em trechos congestionados, além de adequar a sequência de trechos da rota em tempo real. Isso também permite a obtenção de dados acerca do controle de abastecimento, quilometragem percorrida, horas trabalhadas, horas paradas e outras informações relevantes, promovendo a economia de energia e a redução dos custos operacionais”, explica Bastos.
Os monitoramentos da frota da SLL acontecem na Control Tower de transportes, central de controle de operações dos caminhões Scania. O processo dentro da Control Tower envolve um sistema de confirmação de entrega dos fornecedores, otimização de cargas para melhor ocupação dos caminhões, monitoramento em tempo real com horários estimados de chegada e o acompanhamento dos resultados por meio do Portal de Transportes da Scania.
Dados
Alguns números já são mesurados nos fluxos definidos – contêineres provenientes do Porto de Santos (SP) com destino ao centro logístico, em Mauá (SP), e o retorno ao porto, milk-run (coleta de peças nos fornecedores) e interplanta, que compreende na movimentação de peças entre o centro logístico e a planta produtiva em São Bernardo do Campo (SP).
O diretor de Logística afirma que a ocupação dos conjuntos graças aos estudos do SLL é um dos destaques. O de contêineres no fluxo de retorno hoje é de 85%, enquanto anteriormente era de 65%. Já o milk-run que chegava a 50% atualmente é de 90%. O interplanta o executivo garante que sempre computou altos índices de utilização. Ao todo, considerando todos os fluxos são 1.000 movimentos por mês.
Com a aplicação dos conceitos do SLL, a Scania informa que obtém, ainda, uma redução em 30% na emissão de CO2 em comparação a mesma operação realizada antes do projeto, além de 20% de redução nos custos operacionais e melhor transparência no relacionamento com os fornecedores, por meio de entrega coordenada e solução de desvios.
“O mundo está atravessando mudanças radicais. As tendências globais de urbanização, preocupação ambiental e tecnologia devem andar juntas para fazer essa mudança. O SLL é a iniciativa que mostra que o transporte eficiente pode aliar as nossas preocupações ambientais com menores custos operacionais”, pontua Bastos.