Anúncio oficial da aquisição será feito esta semana
Cada vez mais os executivos da área de logística começam a se dar conta de que precisam, de fato, entender e investir em tecnologia da informação (TI) para otimizarem suas operações internas e com seus parceiros de negócios. Há, portanto, demanda e grandes oportunidades para expansão da oferta de serviços de consultoria e pesquisa para esse segmento. Foi com base nessa constatação que o Gartner Group, um dos maiores institutos de pesquisa e aconselhamento para a área de TI, decidiu adquirir a AMR Research, empresa norte-americana fundada em 1986 e reconhecida mundialmente pela sua alta especialização na prestação de serviços de pesquisa e consultoria focados em supply chain. A negociação foi fechada em dezembro de 2009 por aproximadamente US$ 60 milhões.
“Na verdade, o Gartner já estava namorando a AMR há algum tempo”, confidencia Márcio Krug, gerente geral da instituição no Brasil, destacando que, com a aquisição, a empresa, que já possui atuação consolidada no mundo todo na área de TI, passa a ter também expertise específica na área de supply chain. Como o modelo de negócios se baseia em consultoria e pesquisa, que são facilmente transportáveis de uma a outra geografia, todos os serviços da AMR Research serão oferecidos de imediato aos países da América Latina.
No Brasil, o anúncio oficial da iniciativa ao mercado será feito na semana de 22 a 26 de março, quando três executivos da AMR – Roddy Martin, vice-presidente de Pesquisa; Ryan Sorley, vice-presidente de Vendas; e Laura Wilhite, gerente de contas do Varejo –, acompanhados pelos profissionais do Gartner, irão visitar empresas em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro para não apenas apresentar seu portfólio de serviços, como principalmente para conversar com os empresários e identificar quais são os principais desafios logísticos. As informações colhidas irão auxiliar na construção de um modelo de atuação mais específico no país.
De acordo com Laura Wilhite, a AMR Research já realizou algumas pesquisas pontuais sobre o Brasil e também atende algumas empresas multinacionais que possuem unidades no país e na América Latina. “O atendimento a esses clientes era feito pela matriz, nos Estados Unidos, mas a partir de agora teremos uma atuação local e mais direta”, explica Laura. A expectativa do Gartner, segundo Marcio Krug, é conquistar cerca de 20 clientes no Brasil até o final de 2010.
Fundado em 1979, o Gartner tem sede em Stamford (EUA) e possui quatro mil associados, dos quais 1.200 são analistas de pesquisa e consultores em 80 países. No Brasil, o instituto conta com três unidades: Gartner Research (pesquisas e aconselhamento para profissionais, fornecedores e investidores de TI); Executives Programs (grupo de CIOs alimentado pelo conteúdo Gartner, com mais de três mil membros em todo o mundo); e Eventos (simpósios e conferências anuais sobre Integração de Aplicativos, Outsourcing e o Futuro da Tecnologia). No ano passado, o Gartner obteve no país crescimento da ordem de 20% no faturamento e a estimativa para 2010 é crescer 40%.