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Grupo Move3 anuncia investimento de R$ 120 milhões para este ano

R$ 70 milhões serão destinados ao novo centro de distribuição em São Bernardo do Campo e R$ 50 milhões para possíveis fusões e aquisições
Por Redação em 29 de março de 2022 às 11h05

O Grupo Move3 anuncia que os dois primeiros meses de 2022 apresentaram crescimento, mas menos vertical do que os registrados nos dois anos anteriores. Apesar da estabilidade, a empresa anuncia que a previsão é investir aproximadamente R$ 120 milhões, sendo R$ 70 milhões destinados ao novo centro de distribuição (CD) automatizado em São Bernardo do Campo (SP) e R$ 50 milhões para possíveis fusões e aquisições.  

"Crescemos exponencialmente nos últimos dois anos, mais especialmente em 2021. Agora, entendemos que o momento é de otimizações internas, focando na excelência do nosso fluxo operacional. Fizemos um investimento massivo em tecnologia no início de 2020, focando em automação e sustentabilidade, que deve se expandir este ano”, diz o CEO do Grupo Move3, Guilherme Juliani.  

O executivo se refere ao investimento em 200 robôs automatizados e uma esteira de 800 saídas no galpão atual, assim como a frota elétrica que passa por caminhões e bicicletas motorizadas utilizadas em entregas. O novo centro de distribuição deve contar com o mesmo nível de automação.

A empresa anuncia ainda que vem atuando no modelo full commerce, com uma gama de soluções logísticas, mas ainda assim deve investir para expandir e se aperfeiçoar.  

Índices

Em 2021, a companhia apresentou um crescimento de mais de 100%, saltando de 50,5 milhões de postagens em 2020 para 102,8 milhões de envios no ano passado. O crescimento, pontua a empresa, ilustra o bom momento para o segmento de logística no país, impulsionado pelo aumento das compras online. Só em novembro, a empresa realizou 10 milhões de entregas, o equivalente ao volume total de 2015.  

Vale destacar ainda que nos últimos cinco anos a quantidade de envios aumentou 815%, com um crescimento de 234% desde o começo da pandemia. Os números levam em conta as operações realizadas pela Flash Courier, focada na entrega de cartões, e da Moove+, que atua junto a e-commerces de diversos segmentos, meios de pagamentos e produtos regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  

De acordo com Juliani, esse crescimento veio na esteira do aumento das compras online, que cresceram 27% no ano passado, atingindo o valor de R$ 161 bilhões. Os dados são da Neotrust, empresa que monitora o e-commerce brasileiro. O segmento deve crescer 9% esse ano de 2022, de acordo com o mesmo levantamento, e as empresas de logística se esforçam para acompanhar.

“Quando a demanda veio, nós estávamos estruturados para recebê-la. Tínhamos tecnologia, pessoal qualificado e uma rede de franquias que nos ofereceu capilaridade nos modelos de entrega. Conseguimos ampliar nosso escopo de serviços e atender demandas diferentes, com agilidade. A implementação de novos modelos como a entrega no mesmo dia (ship from store), modelos de ponto de retirada e coleta, lockers,  adesão de uma frota elétrica consistente, tudo isso deu muito certo. Podemos afirmar com segurança que hoje nosso grupo é full commerce”, afirma o executivo.  

O CEO completa dizendo que na linha de buscar formas de otimização, a ideia de eventuais M&As passa a fazer parte do calendário.  “Estamos buscando novas soluções para expandir ainda mais as opções de entrega ao cliente e garantir que ela ocorra da forma mais rápida e assertiva possível. Há uma série de startups que estamos avaliando com atenção.”

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