O Kuwait decidiu abrir seu mercado para exportações brasileiras de animais vivos, segundo informações publicadas pela Kuwait News Agency (Kuna) em maio. Segundo a agência, a decisão foi confirmada pela diretora-geral adjunta de Saúde Animal da Autoridade Pública para Agricultura e Recursos da Pesca do Kuwait, Zahra Al-Wazan, que participou de reunião na Cidade do Kuwait com delegação do governo brasileiro liderada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O anúncio ocorreu depois de reunião de Maggi com o ministro de Estado das Municipalidades e presidente da Autoridade Pública para Agricultura, Mohammad Al-Jabri, e com o ministro da Indústria e Comércio do país, Khaled Nasser Abdullah Al Roudan. Segundo o responsável pela importação de animais vivos na Autoridade Pública para Agricultura, Abdulrahman Kandari, a demanda por bovinos no Kuwait varia de 6 mil a 10 mil cabeças por ano. O país importa muito mais ovinos, cerca de 1 milhão de cabeças anualmente, somente da Austrália.
Os kuaitianos pretendem ainda enviar uma missão técnica ao Brasil para visitar fazendas e laboratórios com o objetivo de reabrir o mercado para a carne bovina brasileira, cujas importações foram suspensas em 2012. “Criou-se as condições para a liberação das exportações de carne resfriada e congelada ao Kuwait”, comentou o ministro, após entrevista coletiva para jornalistas kuaitianos na casa do embaixador brasileiro no país, Norton Rapesta, “Já gado em pé o Brasil nunca exportou [ao Kuwait]”, observou.
Em conversa com os jornalistas kuatianos, Maggi ressaltou: “Trago a mensagem do governo brasileiro de que queremos mais comércio e mais negócios entre os dois países”. No ano passado, a corrente comercial entre as duas nações somou US$ 485 milhões, com déficit de quase US$ 90 milhões para o lado brasileiro, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). “Há muito espaço para crescer”, destacou o ministro da Agricultura. O frango é o principal produto exportado pelo Brasil ao país árabe.