A Terex, provedora mundial de equipamentos de movimentação, quer mostrar que além do fornecimento das máquinas, também vem se tornando uma empresa de soluções integradas. A empresa esteve presente na última Intermodal South America com sua divisão Port Solutions, voltada ao setor portuário, e destacou a oferta de um novo software de simulação, que permite a seus clientes obter a melhor solução para suas operações antes de fazer o investimento nos equipamentos.
“Pouca gente sabe dessa solução, que incorporamos ao portfólio Terex por meio da aquisição de uma empresa já atuante no mercado. Com ela, é possível simular toda a operação de um terminal em 3D, de modo que o cliente pode escolher a melhor opção para suas necessidades sem investir tempo e recursos para fazer uma aquisição que poderia não se mostrar a mais adequada”, destaca João Pensa, Senior Sales Manager da divisão Port Solutions. O executivo ressalta que a prestação do serviço de simulação não implica em nenhuma obrigatoriedade de o cliente adquirir os produtos posteriormente, embora, é claro, os cenários sejam rodados utilizando os equipamentos Terex.
De acordo com ele, a novidade tem sido bem recebida pelos clientes, por saber que agora podem contar com uma solução integrada, que agiliza a tomada de decisão e a torna mais segura. “Muitos usuários ainda não conhecem as vantagens de utilizar a simulação. Isto não é muito comum na América Latina em geral e no Brasil em particular. É uma mudança cultural, mas quando demonstramos o quanto eles conseguem economizar por meio desta ferramenta, a mudança vem rapidamente. Acredito que seja apenas uma questão de tempo para eles adotarem em peso a simulação”, diz.
Além disso, o gerente destaca ainda que o mercado está descobrindo novas aplicações para os equipamentos Terex, como na logística intermodal, por exemplo. “Nossas reach stackers têm diversas graduações de alcance e capacidade de carga, e agora começam a ser aplicadas em operações não apenas no porto e no pátio, como também nas ferrovias, com a possibilidade de retirar a carga diretamente para os trens. Esta era uma operação da qual até bem pouco tempo não participávamos e é mais um nicho que vamos poder atender”, coloca, acrescentando que, hoje, esta operação está sendo feita em um cliente, mas já há vários outros interessados. “É uma otimização, já que o mesmo equipamento pode ser usado no terminal e na ferrovia. Além disso, nossas reach stackers têm capacidade de atingir os dois lados da linha férrea sem ter de se deslocar para o outro lado do trilho”, conta.
Ele credita a aceitação desse tipo de utilização à necessidade atual do mercado de operar de forma mais eficiente. “Estamos felizes de poder oferecer algo que o mercado necessita. Mantemos um relacionamento estreito com nossos clientes, o que nos permite detectar essas demandas, criando novas soluções. Isto tem nos possibilitado manter as expectativas de crescimento acima do mercado, mesmo num ambiente difícil”, diz.
Embora não fale em números absolutos nem em percentual de crescimento, o executivo afirma que em 2014 a Terex Port Solutions cresceu acima do mercado, o que deve se repetir neste ano. “O ano passado foi de acomodação e 2015 vem sendo de desafios, mas mesmo assim mantemos nossas expectativas. Não com base em excesso de otimismo, mas em números mesmo. O primeiro trimestre foi superior ao projetado e esta tendência vem se mantendo. Por isso, não temos motivo até o momento para fazer previsões de redução de crescimento”, garante.
Entre as soluções oferecidas pela Terex para o setor portuário, o executivo destaca ainda os pórticos rolantes sobre pneus híbridos, com a variante elétrica. Chamados de E-RTGs, estes equipamentos oferecem vantagens em relação aos guindastes tradicionais, como o baixo nível de emissões de poluentes e de ruídos. Com taxa de eficiência aprimorada, os equipamentos permitem reduzir os custos com energia elétrica.
No ano passado, a empresa entregou 12 desses equipamentos para a Libra Terminais no Rio de Janeiro. Os E-RTGs vieram da fábrica da Terex em Xiamen, na China, e oferecem capacidade de carga de 40 toneladas, altura de içamento de 21 metros e conseguem empilhar contêineres-padrão 1 sobre 6. A amplitude dos pórticos é de 26,5 metros, o que lhes permite cobrir sete fileiras de contêineres e uma pista de rolamento.
Além dos E-RTGs, Pensa destacou também um fornecimento feito à empresa Yara Fertilizantes no Porto do Rio Grande (RS), com dois guindastes portuários que trabalham em sincronia com duas moegas dotadas de sistema de suspensão de poeira. “É um projeto fantástico, pois a movimentação das moegas se dá junto com os guindastes, tudo controlado pelo sistema e sem a aspersão de poeira no ambiente”, comemora.
“Aliás, muita gente desconhece que a Terex tem moegas em seu portfólio, o que também veio pela aquisição de uma empresa e foi incorporado ao nosso leque de soluções. São exemplos como estes, de fornecimento ao mercado de projetos que atendam suas necessidades com versatilidade, que têm nos garantindo um crescimento sustentado”, finaliza o executivo.