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Tegram inicia operação em fase de testes

Quando os dois berços estiverem funcionando, terminal terá capacidade de movimentar mais de 10 milhões de toneladas de cargas por ano
Por Redação em 17 de março de 2015 às 10h47

O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), localizado no Porto de Itaqui (MA) iniciou, na semana passada, suas operações em fase de testes. O primeiro navio partiu no último domingo, dia 15, levando cerca de 66 mil toneladas de soja para a China.

Inicialmente, o Tegram receberá cargas pelo modal rodoviário, mas a expectativa é que o terminal esteja 100% concluído até o final do primeiro semestre deste ano, quando está previsto o término das obras de um ramal ferroviário e dos quatro armazéns com capacidade estática para 125 mil toneladas de cargas cada um.

O Tegram representa uma nova alternativa para o escoamento da safra de grãos, especialmente para os produtores da região conhecida como Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, além do Nordeste do Mato Grosso.

O empreendimento recebeu investimentos de aproximadamente R$ 600 milhões e apresenta capacidade para movimentar volumes superiores a 5 milhões de toneladas de soja, milho e farelo por meio de um berço que conta com preferência de atracação. Estima-se que 80% da produção agrícola dessas regiões chegarão ao Tegram por meio de ferrovias e 20% por rodovias. Para garantir eficiência logística no processo, esses modais também contemplam os investimentos realizados pelos consorciados.

A capacidade de recepção pelo modal rodoviário será de até 800 caminhões diariamente, o que significa mais de 32 mil toneladas por dia. Para minimizar o impacto do trânsito desses veículos, o Tegram adotará um sistema de recebimento de mercadorias que contará com pátio de triagem e agendamento prévio. Já o sistema de recebimento ferroviário terá capacidade para descarregar 3 mil toneladas por hora, com oito vagões simultaneamente em duas moegas ferroviárias. O ramal terá extensão para receber um comboio com 80 vagões, com aproximadamente 7 mil toneladas por comboio.

Na expedição, o Tegram contará com um carregador de navios que opera a uma taxa de 2,5 mil toneladas por hora, o que permite um rápido carregamento, evitando filas na atracação.

Quando o berço estiver próximo da movimentação de 5 milhões de toneladas anuais, entrará em operação a segunda fase do Tegram. Nesse momento, o embarque de mercadorias passará a ser realizado igualmente por um segundo berço, também com preferência de atracação. A expectativa de movimentação da operação somada destes dois berços ultrapassa 10 milhões de toneladas anuais.

Além dos terminais, as consorciadas do Tegram, individualmente, investirão em infraestrutura logística nas regiões produtoras do Matopiba. São armazéns e transbordos que possibilitarão ao terminal movimentar os volumes previstos. Para essas obras estão antevistos investimentos de cerca de R$ 400 milhões. O Tegram será atendido principalmente pela Ferrovia Norte-Sul, que capta cargas nos estados do Maranhão, Tocantins, Goiás, Pará, Mato Grosso e Bahia.

O Consórcio Tegram é formado pelas empresas NovaAgri, Glencore, CGG Trading e Consórcio Crescimento (formado pelo Grupo Amaggi e pela Louis Dreyfus Commodities). Juntas elas administrarão a área comum do terminal e individualmente administrarão seus armazéns no local.

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