A VLI, empresa especializada em operações que integram ferrovias, portos e terminais, concluiu, no fim de agosto, a troca de dormentes em um trecho da linha férrea que fica na zona rural de Uberaba (MG). As estruturas antigas, que eram dormentes de aço, foram substituídas por peças feitas com plástico reciclado. Além de representar uma alternativa mais sustentável, a nova matéria-prima tem maior durabilidade.
O trecho em Uberaba é o primeiro da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) a receber os chamados dormentes poliméricos. Pouco mais de 300 unidades, distribuídas em 200 metros de ferrovia, estão sendo testadas no corredor Centro-Sudeste. O produto fabricado no Brasil utiliza matéria-prima coletada por catadores de materiais recicláveis.
“Inicialmente, faremos testes para acompanhar a aplicação e adaptabilidade dessas peças. Trata-se de um material mais uniforme, devido à produção em série, e com características muito semelhantes às da madeira, existindo ainda o benefício de ser mais sustentável”, explica Alexandre Fontes, gerente de Engenharia de Via Permanente da VLI.
Quase mil dormentes poliméricos também serão instalados no corredor Minas-Rio, na cidade de Lavras (MG), até o fim do ano, substituindo estruturas de eucalipto. Os primeiros locais a receberem as peças foram escolhidos levando em conta produtividade das rotas e presença de equipes técnicas maiores para acompanhamento do trabalho.