A Carvalhão, nome popular da Transportes Carvalho, do Rio de Janeiro, especializada no transporte de cargas especiais, foi responsável por uma montagem, literalmente, de peso: trata-se da escultura “Maman”, da artista plástica franco-americana Louise Bourgeois, morta no ano passado.
A obra faz parte da mostra “Louise Bourgeois – O retorno do desejo proibido”, que vai de 16 de setembro a 13 de novembro, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. A aranha, feita em bronze, com ovos em mármore, pesa 14,8 toneladas e tem dez metros de altura por dez m de diâmetro, e sua montagem exigiu uma equipe dedicada da Carvalhão, acompanhada pelo montador oficial da aranha, que a acompanha pelo mundo. A empresa será responsável também pela desmontagem da obra ao término da exposição.
A escultura roda o mundo com a exposição e suas peças são numeradas para facilitar a montagem. São 19 partes, sendo 16 das pernas e três do corpo. Para a operação, a Carvalhão utilizou dois guindastes, um para 30 toneladas (MD-300, para descarga e montagem das pernas) e outro para 50 t (TG-500, para o içamento do corpo da aranha, suportando-o enquanto as pernas eram encaixadas uma a uma), além de uma plataforma articulada.
“O trabalho exigiu inúmeras reuniões prévias para definição do projeto de montagem, e todos os preparativos levaram cerca de seis meses. As primeiras reuniões com a Fink, tradicional transportadora de obras de arte e responsável pela logística da mostra, começaram em fevereiro”, conta Miriam Silvia de Carvalho, diretora Comercial da Carvalhão.
A empresa ficou responsável pela retirada dos contêineres do porto do Rio de Janeiro, pelo monitoramento e pelo transporte até o parque do Flamengo – ao lado do MAM – além da montagem. Devido ao peso da escultura, foi necessária a construção de uma sapata de sustentação. Previsto para durar três dias, o trabalho levou apenas dois dias.