De janeiro a agosto foram desembarcadas 2,5 milhões de toneladas
A importação de matéria-prima para fertilizantes – como cloreto de potássio granulado, diidrogeno, ortofosfato de amônia, fosfato de cálcio natural e sulfato de amônia – pelo Porto do Rio Grande, de janeiro a agosto deste ano, atingiu 2,5 milhões de toneladas, alta de 23,9% em comparação a igual período de 2007, quando foram operadas cerca de 2 milhões de toneladas. A movimentação colocou o grupo de matérias-primas para fertilizantes em segundo lugar no ranking das mercadorias mais operadas no porto rio-grandino, perdendo apenas para o grupo soja – 4,2 milhões de toneladas de soja em grão, farelo de soja e óleo de soja. Vale lembra que as movimentações do grupo soja foram computadas até o mês de julho.
Apenas o terminal da Yara Brasil desembarcou 1,8 milhão de matéria-prima para fertilizantes, 25,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. A movimentação no Porto Novo também registrou aumento de 21%, chegando a 710 mil toneladas. O bom desempenho na movimentação é comemorado pelo setor importador. Segundo o supervisor de Descarga da indústria de fertilizantes Roullier Brasil, Nestor Touguinha, esse foi o melhor ano em movimentação, tendo batido recorde não só na importação de matéria-prima para fertilizantes como também na exportação de fertilizantes, número não divulgado pela indústria.
O presidente do Sindicato dos Empregados e Trabalhadores nas Indústrias de Fertilizantes, Adubos Corretivos e Defensivos Agrícolas (Sindifertil), Felipe Sportono, explica que devido ao dólar favorável às importações, as indústrias anteciparam suas compras e aproveitaram para estocar o produto com preços menores, ocasionando, assim, grande aumento na movimentação do porto rio-grandino. "Com a alta na importação de matéria-prima e a boa produção de fertilizantes, houve esgotamento das áreas de estocagem, tendo em vista que recentemente registrou-se uma redução na compra do insumo por parte dos agricultores. Com o início do plantio da safra de verão 2008/2009, principalmente de soja, previsto para final de setembro, a procura por fertilizantes deve crescer, aliviando os estoques das fábricas e possibilitando o aumento na produção de fertilizantes", diz.
Já Touguinha lembra que a partir deste mês, até dezembro, o porto gaúcho registrará um declínio natural nas operações de navios envolvendo o descarregamento de matéria-prima para fertilizantes. Mas, apesar disso, salienta o supervisor, o porto encerrará o ano com alta de cerca de 15% na movimentação desse tipo de mercadoria.