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Volvo apresenta nova versão dos caminhões pesados FH e FM

Por Redação em 19 de outubro de 2006 às 9h11 (atualizado em 10/05/2011 às 17h55)

Denominada Total Performance, a linha apresenta novidades a fim de proporcionar economia operacional com alta produtividade

A Volvo disponibiliza ao mercado transportador brasileiro, a partir deste mês, a nova linha de caminhões pesados FH e FM. Denominada Total Performance, consumiu investimentos de U$S 50 milhões e apresenta, entre outras melhorias, motor de 13 litros, uma nova caixa de transmissão eletrônica I-Shift para veículos com capacidade para até 60 toneladas, freio motor, sistema de freio a disco, mudanças nos eixos e alterações internas e externas. Os novos modelos apresentam 70% de nacionalização.

De acordo com o presidente da Volvo do Brasil, Tommy Svensson, o conceito Total Performance visa obter dos veículos a melhor produtividade com o menor custo. O gerente de Planejamento Estratégico, Sérgio Gomes, ratifica o que diz Svensson. “Estudos de engenharia da Volvo indicam que os novos caminhões são até 5% mais econômicos em relação à linha anterior”, salienta.

O presidente da Volvo divisão Internacional, Claes Nilsson, também aposta no sucesso dos lançamentos no Brasil – um dos maiores mercados individuais da companhia. Números apresentados mostram que o país ocupou, em 2005, a primeira posição em vendas na América Latina. No ano passado, foram comercializadas no Brasil 5.944 unidades de pesados, enquanto nos primeiros sete meses de 2006 já foram vendidos 3.395 desses veículos.

O mercado mundial também anima Nilsson. “Em 2005, a Volvo entregou 103 mil veículos pesados e semi-pesados. Para 2006, nossa expectativa é superar este número; não vemos motivos para este índice ser menor”, resume.

Motorização

O motor da nova linha de caminhões é um dos destaques. O D13A, desenvolvido pela empresa para substituir o D12D, possui mais faixas de potência – será oferecido nas versões 400 cv, 440 cv, 480 cv e 520 cv (apenas na linha H) – e maior torque mesmo em rotações baixas, o que proporciona melhor desempenho e menor consumo.

De acordo com o gerente de vendas caminhões linha H, Bernardo Fedalto,o motor de 520 cv – o mais potente já fabricado no Brasil – tem como foco as empresas de logística, uma vez que neste segmento há a necessidade de velocidades médias altas para garantir maior eficiência em todo o ciclo da operação. “Os caminhões de grande potência e torque são destinados ao transportador rodoviário de carga, que precisa de alta produtividade e confiabilidade”, completa.

Sérgio Gomes explica que, além de ser 20kg mais leve, o D13A traz modificações como a transferência do trem de engrenagens para a parte de trás, o que garante uma melhor refrigeração para o motor, a redução de vibrações e ruídos e a otimização da perda de rendimento e troca de peças devido ao atrito. Possibilitou, ainda, a instalação de tomada de força na parte traseira do motor.

Outros diferenciais chamam a atenção. O gerente de engenharia de veículos, Álvaro Menoncin, cita, por exemplo, o menor número de componentes instalados, o desenvolvimento de novos pistões e anéis e o redimensionamento dos dutos de lubrificação e refrigeração, que auxiliam no aumento da vida útil dos componentes. Além disso, o D13A atende a resolução Euro III, mas, segundo o gerente, já está preparado para o Euro IV e Euro V. Permite, também, a utilização do biodiesel B2.

A economia é outro benefício das inovações. O novo motor tem um sistema de injeção totalmente eletrônico – aperfeiçoado para resultar em queimas mais homogêneas e melhorar o aproveitamento do óleo diesel. Diversos sensores o monitoram, informando à unidade central as condições de operação, que, por sua vez, otimiza a injeção de combustível para cada situação.

Frenagem

O Volvo Engine Brake (VEB), freio motor desenvolvido pela companhia, também apresenta inovações. O VEB500, destinado à linha H, tem 28% a mais de potência que a versão de série anterior e é destinado a aplicações específicas. Vale lembrar que o produto é oferecido como opcional para transportadores que precisam de freios auxiliares mais potentes. Outra novidade é o VEB 410 de série. Destinado a todos os modelos da linha H, proporciona um aumento de 5% de potência de frenagem.

O aumento de potência foi obtido graças ao aprimoramento tecnológico do motor e à modificações no comando de válvulas. Com a utilização de um comando com perfil especial de quatro balancins por cilindro, foi criada uma sobrepressão dos gases de escape, maximizando o efeito de frenagens nos pistões. Trechos em declives podem ser percorridos em um tempo até 20% menor quando o VEB 500 é utilizado.

Sério Gomes executivo ressalta outras vantagens quando o freio motor é acionado. “Os custos operacionais são sensivelmente reduzidos, já que há menor desgaste das lonas, pastilhas e tambores. Além disso, o sistema permite a redução na troca de pneus e na utilização do compressor de ar”, completa.

Transmissão eletrônica I-Shift

Uma das maiores novidades da nova linha de caminhões pesados da Volvo é a transmissão eletrônica I-Shift para aplicações que utilizem peso bruto total combinado de até 60 toneladas. O lançamento poderá ser utilizado em veículos com maior capacidade de carga, como bitrens que transportam grãos ou combustíveis, por exemplo. Gomes salienta que a nova transmissão foi desenvolvida junto ao motor, estando, portanto, totalmente integrada a ele. “Trata-se de um novo produto”, frisa.

O lançamento caracteriza-se pela leveza, uma vez que a carcaça é feita de alumínio – 70 quilos mais leve que as caixas manuais – e pela nova posição do filtro de óleo, situado verticalmente para facilitar a manutenção. O software de controle possui agora cinco vezes mais capacidade de processamento e três vezes mais memória, o que proporciona trocas de marchas mais rápidas e precisas. O motorista tem, ainda, a possibilidade de fazer trocas manuais, utilizando-se do botão instalado na alavanca de comando.

Mudanças externas e internas

Nova logotipia, cor e melhorias internas a fim de proporcionar mais conforto aos motoristas. Além da parte mecânica, o visual dos veículos mereceu investimentos.

As mudanças começam com a nova cor de lançamento, o amarelo metálico. A inscrição Globetrotter tem uma nova logotipia e os emblemas dos modelos do caminhão (FH e FM) e das potências (400 cv, 440 cv, 480 cv e 520 cv) estão, agora, em pontos separados da cabine.

Internamente, as alterações visaram o conforto dos motoristas e o acabamento. Os bancos são confeccionados com novos tecidos e formato de espuma, que ganhou outras densidades – macia em alguns pontos e rígida em outros. O novo apoio de cabeça, integrado ao encosto, foi projetado para envolver o condutor. Os assentos tiveram a altura reduzida, a fim de melhorar a ergonomia, possibilitando maior amplitude de regulagens. Na cama, as modificações são a espuma mais espessa para evitar o contato com as molas e maciez progressiva.

Eixos e sistema de freios a disco

Para proporcionar maior robustez ao conjunto, a Volvo desenvolveu uma nova família de eixos traseiros. Agora fabricados com carcaças fundidas, substituem as atuais estampadas e soldadas, permitindo maior altura livre do solo e com peso menor. A novidade está disponível para alguns modelos com configuração de eixos 4x2 e 6x2 e para todos os caminhões 6x4 e 8x4.

Fedalto, gerente de Vendas Caminhões Linha H, explica que, a partir do lançamento, a Volvo conta com uma gama de eixos para todas as aplicações – vocacionais, especiais, carreta de três eixos e bitrem – quer seja em topografias planas e estradas bem conservadas ou vias onduladas e estradas mal conservadas.

Já o sistema de freios eletrônicos a disco é opcional para a nova linha de caminhões. Ele proporciona maior segurança e aumenta a performance de frenagem, possibilita menores custos e tempo de manutenção, além de melhorar a dirigibilidade.

Com o freio a disco, a montadora introduz no Brasil o conceito Electronic Brake System (EBS), um sistema de frenagem de resposta rápida, que permite uma série de funcionalidades, incorporando também o freio ABS e o Controle de Tração. Tem regulagem eletrônica de pressão de frenagem e sensor de desgaste de disco e pastilhas, informando quantos quilômetros podem ser rodados antes da manutenção; auxilia em arranques em declives, evitando que o veículo retorne, e possui aplicação automática do freio motor, quando em operação com o piloto automático.

Todas as alterações e aperfeiçoamentos refletem diretamente no preço dos veículos. Fedalto calcula que os novos modelos têm um valor 6% acima dos anteriores. Medir a taxa de retorno, segundo o executivo, não é possível, uma vez que o número varia de acordo com a aplicação do veículo. Ele, porém, arrisca um prazo. “Acreditamos que o retorno do investimento ocorra entre um ano e meio e dois anos”, diz.

www.volvo.com.br

 

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