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Safra recorde de grãos desafia logística e transporte no Brasil

Produção de grãos aumenta 8,2%, exigindo eficiência no escoamento e ampliação da infraestrutura logística
Por Redação em 28 de novembro de 2024 às 7h37
Safra recorde de grãos desafia logística e transporte no Brasil
Foto: Reprodução/Pixabay
Foto: Reprodução/Pixabay

O Brasil deve registrar uma produção recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, o que representa um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, segundo dados do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em 22 de novembro de 2024. O crescimento, favorecido por condições climáticas positivas, fortaleceu as culturas de soja e milho, mas trouxe desafios logísticos significativos para o setor.

Exportações e papel dos portos
Os portos brasileiros, especialmente os do Arco Norte, têm papel fundamental no escoamento da safra. Em outubro de 2024, esses portos responderam por 35,1% das exportações de grãos, acima dos 33,9% registrados no mesmo período de 2023. Apesar disso, as exportações de soja em outubro caíram 22,9% em relação ao mês anterior, somando 94,2 milhões de toneladas no acumulado do ano. O milho, por sua vez, enfrentou redução de 34,1% nas projeções da safra anterior, aumentando a pressão sobre o sistema logístico.

Impactos no transporte de fertilizantes

Além dos grãos, o transporte de fertilizantes também cresce em relevância. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas desses insumos, uma alta de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de um sistema logístico robusto para atender às exigências do setor agropecuário.

Pressões sobre a infraestrutura
O aumento na produção e na movimentação de fertilizantes expõe os gargalos logísticos do Brasil, incluindo limitações na infraestrutura de transporte e na capacidade dos portos. Especialistas apontam a importância de investimentos em novos modais e na modernização das rotas existentes para garantir o escoamento eficiente da produção, evitar perdas e sustentar a competitividade do agronegócio nacional no mercado internacional.

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