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Seca afeta movimentação de grãos nos portos amazônicos

Condições climáticas adversas impactam exportação de grãos na região do Arco Norte
Por Redação em 13 de agosto de 2024 às 7h07
Seca afeta movimentação de grãos nos portos amazônicos
Foto: Mega Logística/Divulgação
Foto: Mega Logística/Divulgação

A previsão de um novo ano de seca severa na Amazônia já levanta preocupações sobre a movimentação de grãos nos portos da região. A Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport) projeta uma redução no volume de granéis vegetais transportados em 2024, em comparação com o ano anterior.

O volume de milho enviado para os portos amazônicos teve uma queda de 11,5% no primeiro semestre de 2024, somando 3 milhões de toneladas, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No total, 26 milhões de toneladas de granéis vegetais foram movimentadas nos portos da região de janeiro a junho, ligeiramente abaixo das 26,5 milhões de toneladas do mesmo período de 2023.

A região amazônica, que concentra os principais terminais do Arco Norte, é uma rota essencial para o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste do Brasil, utilizando os rios Tapajós e Madeira, atualmente em condições críticas. O nível do rio Madeira em Porto Velho atingiu 2,07 metros, abaixo da média histórica de 5,8 metros. Já o rio Tapajós registrou 4,74 metros em Santarém, também abaixo dos níveis do ano anterior.

A Amport apresentou um plano de dragagem ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para mitigar os impactos da seca na navegação dos rios Tapajós e Madeira. O edital para a execução da dragagem está pronto e a expectativa é que as operações possam começar até setembro.

Além da navegação, a seca também afeta a produção agrícola no Norte. A Aprosoja-Pará relatou quedas significativas na produtividade das lavouras de milho, enquanto a produção de soja em Rondônia também registrou redução. As perspectivas para a próxima safra permanecem desfavoráveis, com expectativas de continuidade da seca.

*Com informações do Globo Rural.

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