A A.P. Moller-Maersk anunciou na noite de quarta-feira (10) que optará pelo transporte ferroviário como alternativa ao Canal do Panamá, afetado pela seca que reduziu os níveis de água, comprometendo uma das principais rotas de comércio marítimo mundial.
A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) reduziu tanto a quantidade quanto o peso das embarcações que transitam pelo canal devido aos atuais e projetados níveis de água no Lago Gatun, principal reservatório alimentado pelas chuvas que permite a flutuação das embarcações pelo sistema de eclusas do canal, informou a Maersk.
"A seca no Panamá está impactando significativamente as operações do Canal do Panamá, levando-nos a adotar uma abordagem alternativa. Em vez de utilizar o canal, as embarcações anteriormente destinadas a essa rota agora optarão por uma 'ponte terrestre', utilizando ferrovias para transportar cargas ao longo dos 80 km do Panamá até o outro lado", comunicou a empresa aos seus clientes.
A redução nas vagas de trânsito devido à seca já está forçando navios-tanque de combustível e transportadores de grãos a buscar rotas mais longas para evitar congestionamentos. Este cenário adiciona complicações à rede global de transporte marítimo, levando empresas como a Maersk e a Hapag Lloyd a reavaliar rotas, especialmente após intensificações de ataques por militantes Houthi, apoiados pelo Irã, na região do Golfo, levando ao afastamento do Mar Vermelho.
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