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Enxugar para crescer

Por Redação em 4 de março de 2005 às 16h41 (atualizado em 13/05/2011 às 15h46)

Recuar para avançar foi a estratégia escolhida pela Metropolitan Logística para recuperar terreno no competitivo mundo dos operadores logísticos. A empresa, que cresceu 33% no ano passado, quando faturou R$ 42 milhões, contra os R$ 32 milhões em 2003 (ano em que também cresceu 30%), passou por um processo de reestruturação que envolveu a desmobilização de ativos, visando concentrar recursos naquilo que ela considera ser sua especialidade: conhecimento e tecnologia.

Nos últimos dois anos, a empresa fechou quatro centros de distribuição próprios, dois em Barueri (SP), um no Rio de Janeiro e outro em Recife, ficando apenas com a matriz, também em Barueri. A estratégia mostrou-se acertada, pelo que afirma o diretor-geral da empresa, Cristiano Baran. "Com a reestruturação, passamos a operar menos com base em ativos e mais com nosso know-how. Não vendemos mais a utilização espaço e sim o desenvolvimento, viabilização e implementação de projetos. Com isso, adquirimos flexibilidade e agilidade, além de ganharmos uma certa isenção no processo. Como não temos ativos, podemos dar ao cliente a certeza de que estamos propondo a melhor solução para ele em termos de custo e nível de serviço", acredita.

A estratégia se mostrou acertada. Em 2004, a empresa ganhou 12 das 17 concorrências das quais participou; hoje, opera seis centros de distribuição alugados e espera fechar 2005 com 10 unidades. "Tudo é alugado, do prédio aos computadores, passando pelas empilhadeiras e até mesmo as estanterias, quando é possível. Dessa forma, podemos formatar a operação para atender exatamente àquilo que o cliente daquela unidade necessita, de acordo com seu produto e seu tipo de operação", assegura. Isso pode ser feito, ainda, de forma compartilhada, juntando dois ou mais clientes que tenham operações compatíveis. "Com isso, baixamos os custos", acrescenta.

Para Baran, essa mudança foi essencial para a empresa recuperar mercado e crescer em um segmento que é sua especialidade: o de telecomunicações, principalmente a indústria de telefonia móvel. Hoje, a Metropolitan tem entre seus clientes praticamente todas as grandes operadoras de celulares – como TIM, Brasil Telecom e Vivo, além das fabricantes Nokia, Siemens, Gradiente e Venko, entre outras. A empresa atende a cerca de 10 mil pontos de venda em todo o País, movimentando perto de 500 mil aparelhos por mês. Em 2004, expediu 5,5 milhões de celulares, um crescimento de 52,7% em relação a 2003.

Além da armazenagem e da distribuição, a companhia assumiu serviços complementares para os clientes desse setor, como a pré-programação dos aparelhos, absorvendo uma demanda importante no processo antes de os produtos chegarem às lojas. Ela integra a cadeia online com operadores e fabricantes e dá baixa automaticamente dos códigos pré-programados, facilitando o processo de habilitação na hora da venda.

Além desse segmento, estão também em crescimento na empresa os setores eletroeletrônico, varejo e têxtil, este último, segundo Baran, muito promissor. E, para trabalhar com produtos de alto valor agregado, a empresa segue fiel a sua linha de raciocínio, terceirizando as atividades de segurança com a GV Assessoria de Risco.

Investimento

A Metropolitan conta hoje com cerca de 700 funcionários, um número que também cresceu bastante. Há dois anos, eram 260 e a previsão é fechar 2005 com cerca de mil colaboradores. A empresa trabalha apenas com funcionários próprios, deixando os terceiros apenas para as operações de pico ou emergenciais. Isso é parte da sua estratégia de know-how. Ela investe cerca de 1% de seu faturamento em treinamento e tem elevado o padrão educacional dos funcionários, exigindo no mínimo segundo grau completo para os operadores das linhas de telefone, por exemplo.

"Este investimento é feito em treinamento, cursos e bolsas de estudos para MBA, pós-graduação, profissionalizantes e técnicos, dependendo do nível do funcionário. Isso está dentro de nossa estratégia e qualidade. Um funcionário de bom nível e bem treinado faz com que a qualidade seja uma reação natural. Ele entende a operação e anda sozinho. E só se pode fazer isso com um funcionário próprio", diz Baran.

Isso, segundo ele, traz mais agilidade nas implantações dos projetos, o que tem sido um dos diferenciais da empresa. "Nos comprometemos com prazos bastante curtos e trabalhamos dividindo risco com os clientes. Não se faz isso sem uma boa equipe. Trabalhamos com percentual e faturamento do cliente e, como nos encarregamos de todo o ciclo, ele fica livre para desenvolver seu negócio".

Além dos recursos humanos, outra parte que tem merecido destaque na empresa é a Tecnologia de Informação. De meados de 2003 e ao longo de 2004, foi investido R$ 1,5 milhão de reais em sistema ERP, no WMS e na integração de todos os sistemas. A Metropolitan trabalha com o ERP da MEGA e com o WMS da Inovatech, parceira de tecnologia que mantém quatro funcionários full time dentro da empresa. Em 2005, os investimentos estão voltados à implementação do Balanced Score Card, a fim de alinhar a empresa na busca pelos objetivos.

A empresa conta hoje com cerca de 30 clientes e opera seis centros de distribuição (em Barueri e Cotia (SP), Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador), que somam ao todo 60 mil m2 de área, por onde passam cerca de 150 veículos por dia. Ela atua em todo o território nacional e também tem escritórios em Porto Alegre e Florianópolis.

http://www.metrolog.com.br

LEIA MAIS SOBRE A METROPOLITAN LOGÍSTICA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA TECNOLOGÍSTICA

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