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BNDES amplia parcela financiável de implementos rodoviários

BNDES amplia parcela financiável de implementos rodoviários. Circular nº 35 estabelece unificação dos percentuais em 100%, independente da Receita Operacional Bruta
Por Redação em 25 de agosto de 2014 às 10h44

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou, na última terça-feira, 19 de agosto, no Diário Oficial da União (DOU), a Circular nº 35 que amplia a parcela financiável de implementos rodoviários e demais bens de capital descritos no programa PSI/Finame. O percentual era de 80% para empresas com Receita Operacional Bruta (ROB) acima de R$ 90 milhões ao ano e 90% para companhias com ROB igual ou inferior a esse valor. Com a publicação, os percentuais foram unificados em 100%, independente da ROB. Os juros anuais de 6% foram mantidos.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Alcides Braga, a medida poderá trazer reflexos positivos às vendas, mas sem capacidade para reverter a expectativa de balanço negativo em 2014. De acordo com o executivo, a entidade prevê retração de 10% nas vendas desse ano em relação ao total de 2013.

Os números refletem o cenário. As vendas de implementos rodoviários de janeiro a julho de 2014 ficaram 9,01% abaixo do registrado no mesmo período de 2013. Em sete meses a indústria fabricou 91.304 unidades ante 100.349 produtos em igual período do ano passado.

Ações

A publicação da Circular nº 35 foi a terceira medida adotada pelo governo no espaço de um mês para dar suporte à indústria de implementos rodoviários. As outras duas foram a inclusão do setor no programa de renovação de frota do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e na linha de financiamento para pequenos produtores rurais denominada Mais Alimentos, que integra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

De acordo com Braga, mesmo sem conseguir reverter a situação atual as medidas poderão ajudar no desempenho do mercado em 2015. Mas, reforça o diretor executivo da Anfir, Mario Rinaldi, é necessário continuidade. “O governo que tomará posse em 1º de janeiro precisa estar atento à importância da manutenção dessas medidas de incentivo à indústria”, diz.

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