A Samarco inaugurou hoje, dia 3 de abril, em seu complexo industrial de Ubu, em Anchieta (ES), a quarta usina de pelotização. O projeto demandou, ao todo, investimentos de R$ 6,4 bilhões e tem capacidade para produzir 8,25 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano. Com a ampliação, a produção da companhia passa de 22 milhões de t anuais para 30,5 milhões de t.
Para suportar este crescimento, a Samarco investiu em ativos logísticos. Em Mariana (MG), onde está localizada uma de suas unidades de extração, a empresa concebeu uma área de armazenagem capaz de expedir 9,5 milhões de t por ano de minério, com investimentos de R$ 2,3 bi. Além disso, construiu, em paralelo aos dois já existentes, um terceiro mineroduto, que demandou um aporte de R$ 1,7 bi. A partir do município mineiro, a estrutura passa por 25 cidades ao longo dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo até chegar a Ubu. São 400 km de extensão de tubos com capacidade para transportar 20 milhões de t de polpa de minério por ano. Ao todo, a capacidade dos três minerodutos da Samarco é de 45 milhões de toneladas anuais.
Em Anchieta, a indústria investiu R$ 110 milhões em equipamentos a fim de modernizar e ampliar a capacidade de seu sistema de embarque. Com isso, o Terminal Portuário de Ubu, localizado nas proximidades do complexo industrial, teve sua capacidade de escoamento ampliada de 23 milhões de t por ano para 33 milhões de t.
O diretor de Operação e Infraestrutura, Kleber Terra, divulga que a estratégia consistiu em adquirir máquinas de empilhamento e adaptar o sistema de correias transportadoras, responsável por movimentar os produtos dos pátios de armazenagem até os navios. “Agora, elas são todas cobertas”, resume.
De acordo com o executivo, a principal ação, contudo, foi a implementação de um novo shiploader. O equipamento pesa 1.300 t e amplia a capacidade do sistema de carregamento de 11.200 t por hora para 15 mil t. Segundo o coordenador técnico de Projetos Especiais Sênior, Mauricio Monjardim, o novo maquinário proporciona mais agilidade e produtividade ao processo. “Ao contrário do antigo shiploader, que operou por 36 anos, sua lança telescópica permite o alcance de todas as partes dos porões na extensão dos navios com mais rapidez”, diz.