A Deutsche Post DHL anunciou, na última segunda-feira, 3 de fevereiro, em São Paulo, que iniciará, no próximo mês de maio, por meio da DHL Express, as operações aéreas diárias – provenientes e com destino aos Estados Unidos e Europa – com aeronave própria no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
Trata-se do terceiro Gateway – nomenclatura estabelecida internamente pela companhia para locais que concentram os recebimentos para distribuição nacional e expedições internacionais – no Brasil. Além do terminal no interior paulista, os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ) consolidam embarques e desembarques. Vale lembrar que nestes dois locais a empresa não atua com avião próprio, utilizando aeronaves de companhias parceiras.
Segundo o CEO da DHL Express para o Brasil, Joakim Thrane, o início das operações aéreas com avião próprio em Campinas faz parte dos planos de expansão e chega para prestar suporte aos clientes, além de desafogar as movimentações nos terminais paulista e carioca. “Viracopos tem uma tradição cargueira, oferece infraestrutura adequada e vem recebendo investimento após a privatização”, enumera. De acordo com o executivo, a DHL ainda não definiu quais tipos de aeronaves serão empregados, mas, provavelmente, afirma, serão equipamentos de última geração.
Outra unidade
Presente no anúncio, o CEO do Deutsche Post DHL, Frank Appel, também revelou que outra unidade de negócios, a DHL Supply Chain, receberá investimentos este ano no Brasil. Sem revelar números, ele conta que o planejamento consiste em reforçar as estruturas de armazenagem e as competências operacionais da empresa, além de investir no quadro de colaboradores.
O planejamento tem um motivo. O executivo ressalta que o país é um dos focos da companhia. “Vemos oportunidades de crescimento, pois aqui temos uma população jovem e um ambiente propício para o desenvolvimento”, diz. Appel, contudo, faz um alerta. “O Brasil é muito complexo. É preciso melhorar os processos e as regulamentações”, resume. Para ele, há muita complexidade fiscal e alfandegária, o sistema tributário é complicado e as tarifas são elevadas. Além disso, é necessário investir com urgência em infraestrutura. “O Brasil precisa fazer sua lição de casa”, salienta.