Lachmann unifica atuação e lança novas marcas

      De acordo com o presidente e CEO da Lachmann, Livaldo Aguiar dos Santos, a mudança vai muito além do visual. O objetivo é promover maior sinergia entre as empresas, que tem muito potencial e era pouco alavancada, reforçando a integração entre elas. "Muitas vezes, acontecia de alguém de uma das cinco empresas visitar um cliente e encontrar lá um representante de outra empresa Lachamann. Isso é ruim para nossa imagem e também para o cliente, que atualmente evita ter vários interlocutores", exemplifica o presidente. "Por isso, estamos começando a transformar esse conjunto em uma coisa só, com maior coordenação por parte da área de Vendas, que irá cruzar as informações, criando maior sinergia para vender a Lachmann como um todo", continua o executivo.

      A Lachmann prevê fechar 2004 com um faturamento global de R$ 200 milhões, que espera duplicar até 2008. Para este crescimento se concretizar, porém, esta integração entre as empresas é necessária. A maior parte do faturamento, mais de 50%, vem da Global, seguida pela Oceanus-Integral, com faturamento de cerca de R$ 35 milhões; da Lachmann Logística, com R$ 10 milhões; seguida pela Mitra, com cerca de R$ 1 milhão.

      Quanto aos investimentos, o presidente adiantou que está prevista a compra de dois novos navios pela Global, mas que ainda existem questões pendentes, uma vez que há escassez de navios no mercado mundial. Santos explicou que o prazo de entrega de um navio, a partir do pedido, é entre 24 e 26 meses. A empresa cogita, enquanto aguarda a entrega, arrendar dois navios em sistema de leasing. Hoje, a Global possui três embarcações para granéis e uma para carga geral.

     A aquisição dos novos navios aumentaria em 500 toneladas/ano o total transportado pela empresa, que hoje é de 1,2 milhão de toneladas/ano. Os dois navios são para granéis líquidos multi-propose, com tanques para diferentes produtos e capacidade total de 15 mil toneladas.

     Livaldo Santos adiantou também que a Global está desenvolvendo dois estudos específicos de cabotagem com dois segmentos de mercado novos para ela. Um é no segmento de contêineres e o outro ele não quis revelar.

     Além da Global, outra empresa que vem apresentando crescimento é a Lachmann Logística, que também vem sofrendo um reposicionamento voltando-se, nas palavras do presidente, à atividades que estão no "DNA" da empresa. "O foco estava muito abrangente e o estamos redirecionando para o mercado internacional de cargas, que é onde atuamos tradicionalmente, com soluções door-to-door. Até poderemos atender a projetos tradicionais de logística, desde que envolvam relacionamentos de longo prazo com os clientes, que são o nosso foco", colocou o presidente.

     Ainda segundo ele, o maior investimento está sendo feito internamente, no treinamento dos funcionários, uma vez que envolve uma mudança no posicionamento estratégico da empresa. A Lachamann está concentrando os investimentos em ativos na Integral e na Global (os dois novos navios deverão custar cerca de US$ 50 milhões), deixando as demais empresas focadas mais em serviços.

      As novas logomarcas da empresa foram desenvolvidas pelo escritório Ana Couto Branding & Design e reforçam a idéia de unidade. A reformulação da Lachmann já está praticamente pronta e ela estará operando completamente dentro da nova filosofia já a partir de 2005.

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