Companhia aposta em operações no Norte e Nordeste, prospecta novos setores e agrega valor ao transporte e armazenagem
Doze anos após iniciar suas operações no Brasil, a Penske Logistics aposta na diversificação dos serviços e na descentralização regional. Esta semana no Brasil para visitar as operações da companhia, o vice-presidente sênior de Vendas, Joe Gallick, conversou com a Tecnologística sobre as estratégias da companhia para reforçar sua presença no mercado nacional.
Gallick conta que o processo de descentralização teve início em meados de 2010 quando a companhia começou os trabalhos em Manaus. No final do mesmo ano, foi a vez de Recife receber uma filial da Penske. O executivo diz que a abertura das unidades estava relacionada à demanda de parceiros. Hoje, tanto na capital amazonense quanto na pernambucana, a empresa opera com um cliente. A ideia, contudo, é expandir o portfólio. “Faz parte da nossa estratégia, além de alinhar as ações às demandas dos clientes, crescer em regiões que vêm demonstrando potencial”, salienta. Diversificar os segmentos atendidos e os serviços para além do transporte e armazenagem também faz parte do planejamento. Caracterizada por sua forte atuação nos setores automotivo e eletroeletrônico, a companhia já vislumbra começar os trabalhos junto a empresas de health care, fármacos e produtos de beleza. O diretor-presidente da Penske Logistics América do Sul, Paulo Sarti, revela que já há um cliente de um desses segmentos em fase final de negociação. “Devemos anunciá-lo no mês de junho”, conta. Agregar valor aos serviços é outra iniciativa. Sarti conta que a Penske já planeja iniciar uma operação inbound. “Vamos efetuar a alimentação da linha, controlar o inventário e a movimentação de materiais”, explica. O nome do cliente e a data de início da operação não foram divulgados. Há novidades, ainda, nas operações de transporte e armazenagem. O vice-presidente sênior de Vendas anuncia que a companhia realizará operações de roteirização e otimização – de carga, frota e rota. Sarti conta que, esses serviços serão ofertados somente a partir de agora porque, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, não havia demanda para eles no país. Quanto à armazenagem, Gallick salienta que a meta é agregar valor e exemplifica alguns dos serviços que serão disponibilizados. “Não vamos realizar apenas a estocagem. Faremos o picking, o sequenciamento e a montagem de kits”, frisa. Para Sarti, a presença do executivo demonstra a importância da operação brasileira dentro da estratégia mundial da companhia, cuja evolução é comprovada pelos números atuais. “Há dois anos o país representava 5% do faturamento global da empresa. Hoje, contribuímos com cerca de 15%”, revela. Para este ano, ele diz que a perspectiva é crescer 20% frente ao ano anterior. “Somos a maior operação fora dos Estados Unidos. Em 2010, computamos um faturamento bruto de R$ 180 milhões e, para este ano, a expectativa é chegar a R$ 200 milhões”, diz. www.penskelogistics.com