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De São Paulo a Assunção em três dias

Por Redação em 10 de junho de 2010 às 15h41 (atualizado em 15/04/2011 às 12h01)

TGA e La Asuncena lançam rota Brasil – Paraguai que promete
diminir de 96 para 72 horas o  transit time do trecho

A TGA Logística e a La Asuncena Logística, empresas que já atuavam conjuntamente nas rotas Brasil – Chile e Brasil – Argentina, estenderam sua parceria e criaram um novo serviço. A Rota 72Horas Brasil – Paraguai, que começa a operar a partir deste mês, diminui em 24 horas o transit time que vinha sendo praticado pelos poucos players que realizam o trecho. O ganho de tempo se dá através da agilidade no desembaraço, feito já no ponto de partida da carga, em São Paulo, que segue lacrada até o destino final em Assunção, eliminando a incidência de barreiras fiscais na estrada e a necessidade de parada na fronteira.

“O motor da iniciativa foi o aumento da demanda do Paraguai, cuja economia vem crescendo substancialmente e hoje já é o quarto PIB da América do Sul. Tradicionalmente exportador de commodities, o país agora está multiplicando seu parque industrial, mas ainda precisa importar praticamente tudo o que consome internamente. O Brasil já é seu segundo parceiro comercial em volume de negócios, atrás apenas da China. Esse é o mercado que estamos buscando”, afirma Geraldo Gama, diretor Administrativo da La Asuncena ao apresentar o novo serviço à imprensa, ontem, dia 09.

“A rota entre Brasil e Paraguai já vinha sendo operada, mas não com a agilidade que os clientes precisam. Ao oferecer um prazo mais curto, conseguimos conferir maior eficiência e competitividade aos exportadores de ambos os países, além de permitir que os importadores diminuam seus estoques e redirecionem recursos para seus próprios negócios”, explica Carlos Gonzalez, diretor Executivo da La Asuncena. “Nós somos os primeiros a operar este trecho com o transit time de 72 horas, mas certamente seremos seguidos por outros players na iniciativa”, completa.

“Outro diferencial é que nós estamos voltados para os pequenos volumes, atuando também como consolidadores. Somos uma alternativa para os exportadores cuja carga não enche um caminhão”, destaca Nilson Santos, diretor de Operações da TGA, que projeta que o volume de cada cliente por viagem não deverá ultrapassar os 15 metros cúbicos ou 5 toneladas. O executivo esclarece que serão utilizadas carretas graneleiras com capacidade para 25 toneladas ou 80 metros cúbicos nesse transporte.

Há ainda um terceiro parceiro nesse novo serviço: a AC Group, importante empresa logística presente no Paraguai. Seu papel é garantir que haja carregamento de retorno, aumentando a eficiência da operação. A carga com destino ao Brasil será formada basicamente de commodities como a soja, mas também de carga industrial paraguaia, que existe, embora seja incipiente. Além da diferença de maturidade entre ambos os mercados, há ainda a diferença de tamanho. “São 190 milhões de brasileiros e seis milhões de paraguaios. Estimamos que os volumes de ida e de volta vão obedecer uma proporção de 10 X 2. Não é muito, mas já ajuda a equilibrar a operação”, informa Gonzalez. O executivo da La Asuncena cita as garrafas pet e os cigarros como exemplos de produtos fabricados no Paraguai com potencial de exportação. “A planta mais moderna que a Phillip Morris tem na América Latina fica no país”, justifica.

“Ainda é difícil prever qual será o volume movimentado nessa rota, mas a princípio estimamos algo entre 15 e 20 caminhões por mês”, calcula Santos, da TGA, completando que esse índice está atrelado à agilidade e ao alcance da apresentação do novo serviço. “Mas nós estamos confiantes no sucesso do produto, já que ele atende a uma demanda pré-existente e em crescimento. Só no mercado de autopartes, projetamos alcançar market share de 30% a 40%”, acredita. Segundo o executivo, até o final do ano a rota para o Paraguai deverá ter outros pontos de partida, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina e representará 10% do faturamento da empresa em 2010. Já a diretoria da La Asuncena, estima que a iniciativa corresponda a 50% de seu faturamento.

As empresas não detalham todos os valores empregados na criação do novo serviço porque afirmam ser uma grandeza muito difícil de mensurar. “Investimos US$ 1,5 milhão na aquisição de frota, por exemplo, mas na realidade, o investimento se faz a cada viagem e as primeiras podem ser até deficitárias. Também já compramos um terminal de 10 mil metros quadrados para substituir o CD de mil metros quadrados em que abrigamos nossas operações”, declara Santos. O executivo justifica, ainda, que uma parte substancial do aporte envolvido deriva da experiência acumulada pela TGA ao longo de sua história.

www.tgalogistica.com.br
www.laasuncena.com.br

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