Iniciativa visa evitar a contaminação da borracha durante operações logísticas de armazenagem e transporte
A LANXESS Elastômeros, maior produtora de borracha sintética da América Latina, está implantando um projeto de substituição das embalagens de papelão e madeira por caixas metálicas nas plantas de Duque de Caxias (RJ), Triunfo (RS) e Cabo de Santo Agostinho (PE). O principal objetivo deste projeto é a redução da contaminação dos fardos de borracha com materiais derivados de madeira e papelão.
Segundo Eloisa Oliveira, profissional da área de embalagens da Lanxess e responsável pela implantação do projeto nas unidades fabris, o principal motivador para esta troca teve como fundamento a demanda da indústria pneumática no sentido de restringir a contaminação de materiais fibrosos em seus processos e produtos. “Mas a nova embalagem beneficiará tanto a indústria pneumática quanto a calçadista e os produtos manterão os mesmos padrões de qualidade em qualquer mercado, nacional ou internacional”, complementa Eloisa.
Humberto Lovisi, executivo de marketing da Lanxess para a América Latina, explica que a borracha sintética tem uma certa adesividade e seu acondicionamento em caixas de papelão, mais sujeitas a rasgaduras, facilitava a contaminação não somente a partir do contato com o papelão, como também pelo contato com o palete de madeira. A troca pelas caixas metálicas vai impedir esse processo de contaminação por quaisquer tipos de fragmentos durante as operações logísticas de transporte e armazenagem. “A borracha que será utilizada na produção de um pneu, por exemplo, deve estar totalmente livre de fibras externas para que o produto acabado não tenha nenhum ponto de fragilidade, afinal, é uma questão de segurança”, exemplifica.
Ele acrescenta que as caixas metálicas já são amplamente utilizadas pela empresa no mercado americano e europeu não somente por evitarem contaminações, mas por apresentarem uma série de outros fatores positivos, entre eles, o aspecto ecológico - uma vez que são retornáveis e recicláveis - e também por facilitarem as operações logísticas. “Em razão da resistência do material é possível empilhar um maior número de caixas, otimizando o espaço de armazenagem e transporte”, conta. O executivo ressalta, ainda, a redução de custos com os processos de fumigação nos paletes de madeira, procedimentos necessários para o controle de parasitas quando se trabalha com caixas de papelão.
Eloísa Oliveira conta, ainda, que a execução do projeto está sendo realizada de forma gradual no mercado brasileiro, tendo em vista as características particulares desta região em relação às demais onde o mesmo projeto foi concretizado. “Na planta de Triunfo o processo de troca das embalagens foi realizado em novembro de 2009, em Cabo de Santo Agostinho aconteceu em janeiro de 2010 e até junho próximo a empresa deve finalizar todo o processo na planta de Duque de Caxias”, detalha. Segundo ela, os aspectos fiscais e logísticos constituem, no mercado doméstico, um grande desafio para este projeto. “Estamos realizando todo o processo sem repassar absolutamente nenhum custo para nossos clientes”, finaliza.