O montante liberado na semana passada vem complementar os recursos destinados pela Codesp às obras de infraestrutura e segurança
O Porto de Santos recebeu do governo R$ 78,5 milhões através da lei 12.403, sancionada pelo presidente da República na última sexta-feira e com efeito imediato. Desse montante, R$ 66,7 milhões serão utilizados por sua administradora, a Codesp, para complementar os aportes destinados às obras de infraestrutura das Avenidas Perimetrais tanto da margem esquerda quanto da direita, cuja licitação foi anunciada no início do ano. Outros R$ 11,8 milhões serão investidos na adequação do porto ao ISPS Code, código internacional de normas elaborado pela divisão marítima da ONU como forma de garantir a segurança marítima e portuária.
Com o crédito suplementar recém-concedido, os valores previstos pelo orçamento da União para serem destinados às obras saltaram de R$ 20 milhões para R$ 50 milhões, no caso da Avenida Perimetral da Margem Esquerda; R$ 14,4 milhões para R$ 51,1 milhões no caso da Avenida Perimetral da Margem Direita; e de R$ 500 mil para R$ 12,3 milhões em segurança.
Além dos recursos públicos conquistados, a Codesp vem criando oportunidades de negócios e, segundo Alencar Costa, diretor de Administração e Finanças da gestora do Porto de Santos, atravessa um momento extremamente positivo. “A obtenção de novas receitas patrimoniais, como o contrato de arrendamento do TEV – Terminal de Exportação de Veículos, é um dos fatores determinantes para a recuperação financeira da empresa”, afirma Costa. A companhia comemora o faturamento de R$ 439 milhões entre janeiro e setembro deste ano e estima que o lucro líquido contábil chegue a R$ 41 milhões, depois de recolhidos os impostos.
Perspectivas
Ainda de acordo com o executivo, tramita no Congresso Nacional mais um projeto de lei que prevê a concessão de outros R$ 28,8 milhões para diversos projetos do Porto de Santos. Deste montante, R$ 10,8 milhões deverão ser aplicados na dragagem de aprofundamento e na implantação de programas ambientais determinados pelo IBAMA. A derrocagem das pedras Teffé e Itapema, localizadas no canal de navegação, consumirá R$ 8 milhões, e a remoção dos destroços do navio Ais Giorgis exigirá R$ 7,2 milhões. Os R$ 722 mil restantes se referem às ações de prevenção da Pandemia Influenza.