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FCA amplia participação no mercado de açúcar

Por Redação em 7 de outubro de 2009 às 15h43 (atualizado em 14/04/2011 às 12h11)

Novo contrato, com a ED&F Man, prevê o transporte de 1,8 milhão de toneladas nos próximos cinco anos

A Ferrovia Centro Atlântica – FCA, controlada pela Vale, iniciou este mês a operação de açúcar a granel destinado à exportação, atendendo ao novo contrato com a ED&F Man, empresa que atua no comércio internacional de commodities. O primeiro embarque foi realizado no dia 4 de outubro, saindo do terminal da Man em Aguaí (SP), rumo ao Porto de Santos.

O contrato prevê a movimentação de 1,8 milhão de toneladas nos próximos cinco anos e vem somar-se aos outros que a FCA já atende no segmento, entre os quais estão tanto usinas quanto tradings, com nomes como Copersucar, Grupo Carlos Lyra e Crystalserv, entre outros.

“Entramos com bastante força neste setor, devido à nossa localização estratégica com relação às regiões produtoras paulistas, como Ribeirão Preto, Ituverava e Aguaí. No primeiro semestre de 2009, crescemos 89% em relação ao mesmo período de 2008, e transportamos 645 mil toneladas de açúcar”, comemora Fabiano Lorenzi, diretor Comercial da FCA. Em 2008, a empresa movimentou 904 mil toneladas de açúcar, número que deve ser superado este ano, já que, segundo o diretor, somente em Aguaí existe potencial para o volume aumentar em mais de 850 mil toneladas.

Pelo novo contrato, o produto deixa o terminal da ED&F Man em Aguaí e segue pela malha da FCA até Paulínia e depois, por share, segue em um trecho da ALL até chegar ao porto de Santos, principal terminal de exportação de açúcar do país, que deve fechar o ano com cerca de 18 milhões de toneladas escoadas do produto.

Aguaí é administrado pela operadora de terminais Matosul, conta com dois armazéns com capacidade para 50 mil toneladas cada e tem possibilidade de movimentar 3,5 mil toneladas/dia, entre embarque e desembarque. O terminal tem capacidade para operar 60 vagões por dia, mas o novo contrato com a FCA começou com 40 vagões, em trens diários.

Para atender ao contrato, a FCA e a ED&F Man estão investindo R$ 6 milhões na modernização de 150 vagões, e a concessionária ferroviária também está investindo na melhoria de alguns trechos da malha. Os vagões terão principalmente sua capacidade de descarga otimizada, e sua entrada em operação na malha já está prevista para os próximos dias.

Ele afirma que a FCA opera com três terminais para o açúcar, em Ribeirão Preto, Aguaí e Ituverava, todos operados por terceiros. “Não temos nada contra operar terminais, mas preferimos fazer os investimentos em frota, malha e material rodante, que estão mais próximos de nosso core-business que, definitivamente, é a ferrovia. A operação de terminais é uma atividade que dá suporte e que, portanto, pode nos interessar, desde que haja oportunidade. Por ora, temos parcerias com operadores logísticos”, coloca.

De acordo com Lorenzi, entre as vantagens da utilização da ferrovia estão a redução de perdas no transporte, a segurança e a confiabilidade na entrega, além da possibilidade de trabalhar com escalas bem maiores de volumes. Centralizando a operação em terminais, os produtores e tradings têm a oportunidade de esperar por condições melhores de comercialização. Em termos ambientais, o contrato tira das estradas paulistas 800 caminhões por mês.

Além disso, a malha da FCA representa uma alternativa ao transporte rodoviário, até então a única opção de escoamento para os produtores da região. O diretor afirma que a ferrovia, embora esteja sendo vista com bons olhos pelo setor, ainda tem participação tímida no transporte de açúcar, chegando próximo a 15%, considerando-se todas as operadoras ferroviárias. Mas ele acredita que o modal tem potencial, principalmente para as longas distâncias. “O rodoviário sempre terá seu papel, mas acredito que seja mais indicado para distâncias mais curtas, entre as usinas e os terminais, por exemplo”, diz.

De acordo com Lorenzi, as commodities agrícolas foram o destaque da empresa este ano, já que as cargas industrializadas apresentaram queda expressiva devido à crise mundial. No primeiro semestre, a FCA fechou com movimentação geral de 5,2 milhões de TKUs, portanto com queda em relação ao mesmo período de 2008, quando movimentou com 5,5 milhões de TKUs. Além do açúcar, a FCA opera também com milho, soja e outros grãos, além de cimentos e produtos siderúrgicos. Ela opera também com álcool, mas apenas destinado ao mercado interno.

A Ferrovia Centro Atlântica possui uma malha de mais de oito mil quilômetros, que abrange sete estados brasileiros, além do Distrito Federal. Sua frota conta com cerca de 500 locomotivas e 12 mil vagões.

www.fcasa.com.br

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