O banco Santander Banespa e a FedEx Express selaram um acordo cooperado com o objetivo de apoiar pequenas e médias empresas que encontram dificuldade de acesso ao crédito para exportação e que não dispõem de infra-estrutura logística para tal operação. As empresas inscritas ou que ainda se inscreverem no programa terão a opção de realizar suas operações de transporte de carga com a FedEX Express. "Haverá um política de descontos especiais para solicitação dos serviços porta-a-porta de entrega de remessas de até 68 quilos e para cargas acima desse peso", explica Guilherme Gatti, diretor de Marketing, Automação e Atendimento ao Cliente para a América do Sul, Porto Rico e Caribe da FedEx Express.
De um lado, o Santander Banespa entrará com o "Programa Exportar", linha de crédito exclusiva para pequenas e médias empresas, com taxas de juro variável entre 8% e 12% ao ano. Na outra ponta, a FedEx participará com a infra-estrutura logística e oferecerá o serviço de entrega porta-a-porta.
"O pequeno e médio empresário sempre manifestou interesse pelo mercado externo mas acabava morrendo na praia por dois motivos: falta de capital para exportar e de infra-estrutura logística, justifica Dorothéa Werneck, coordenadora do Programa Exportar.
Ele conta que, a maior dificuldade que as empresas com perfil exportador encontram é a falta de informações sobre como proceder tanto com a parte burocrática, que envolve a emissão de uma série de documentos, quanto com a logística de todo esse processo.
A FedEx colocou à disposição das empresas interessadas em explorar o mercado externo um Call-center (0800 90 33 33) exclusivo para o atendimento e resposta às principais dúvidas de seus clientes. "O atendimento será feito por profissionais especializados em comércio exterior, o que qualifica o conteúdo das respostas", destaca Gatti.
Além da solução porta-a-porta, a FedEx oferecerá ainda a opção de contratação de serviços para liberação alfandegária e emissão de documentos por meio de despachante para envio de mercadorias com valor acima de US$ 10 mil. Haverá também a garantia de entrega, ou seja, a devolução do dinheiro caso os produtos não sejam entregues no prazo prometido pela FedEx.
Consultoria - Dorothéa Werneck enumera que o Programa Exportar está baseado em cinco diretrizes: atendimento personalizado e especializado; atitude inovadora na análise e concessão de financiamentos; ampla oferta de serviços e produtos para atender às necessidades de cada segmento produtivo; apoio da rede internacional do Grupo Santander e parcerias com entidades e associações de classe.
"Não se trata apenas do fornecimento de uma linha de crédito. A empresa que solicitar o empréstimo passará por uma espécie de consultoria, em que serão avaliados desde sua capacidade de exportar e para quais mercados potenciais, até a idoneidade do eventual importador de seus produtos", explica.
Até o início de abril, 290 empresas formavam a carteira do Programa Exportar e cerca de 170, estavam em processo de análise. O programa já aprovou R$ 9 milhões em créditos para as empresas exportadoras.
Dorothéa esclarece que não há valor mínimo para a liberação do crédito. "Já aprovamos financiamentos que variavam entre US$ 5 mil e US$ 5 milhões. Para o banco, o que valerá não é o volume emprestado mas a quantidade de contratos fechados."
Em 2002, o Brasil registrou o número de 20 mil empresas exportadoras. Em 2003, houve um crescimento e o país fechou o ano com 24 mil empresas que participaram do comércio externo. Desse número, cerca de 60% delas são pequenas e médias empresas.
"A tendência é que o número de empresas exportadoras cresça gradativamente a cada ano. O Brasil tem portencial para explorar o mercado externo. Para as empresas, só faltava o capital de investimento e a infra-estrutura logística. A parceria entre o Santander Banespa e a FedEx vem quebrar essa barreira", conclui Dorothéa.
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