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Iveco inicia produção de pesados em Minas Gerais
A Iveco Latin America iniciou oficialmente, em abril, a produção de sua linha de caminhões pesados na fábrica de Sete Lagoas (MG), inaugurada em 2000 e onde a empresa já produzia a linha de comerciais leves em parceria com a Fiat.
A partir de agora, a montadora passa a produzir no País a gama completa de veículos comerciais da marca. A fábrica já está produzindo o modelo Eurotech, com peso bruto entre 41 e 74 toneladas e, no último trimestre deste ano, passará a produzir o médio Eurocargo Tector. A partir de 2005, iniciará a produção do ônibus com motor dianteiro para até 50 passageiros.
A nova linha demandou investimentos de R$ 25 milhões e, com a nacionalização da produção, a Iveco passa a oferecer financiamento pelo BNDES (Finame), que representa juros menores e prazo de financiamento de até 60 meses para os usuários, aumentando a competitividade da marca no mercado.
"A partir de agora, temos condições de brigar de igual para igual com nossos concorrentes", disse Flávio Ferraris, presidente da Iveco. O objetivo da empresa é aumentar sua participação no mercado de pesados, que em 2003 foi de cerca de 4%, para entre 8% e 9% em 2004, passando de 475 unidades comercializadas no ano passado para cerca de 1.500 neste ano.
"O mercado brasileiro de pesados tem crescido a uma média de 40%, e a Iveco quer crescer ainda mais", disse Danilo Martelli, diretor Comercial da empresa.
A nova linha tem capacidade para produzir 2 mil unidades/ano em um turno, podendo chegar a 4 mil unidades em caso de aumento de demanda. Em abril, a produção ficou entre 100 e 120 unidades de pesados, devendo atingir, segundo Martelli, cerca de 170 unidades dentro de quatro meses.
O complexo de Sete Lagoas inclui uma fábrica de motores com capacidade para 40 mil unidades/ano, que irá produzir, entre outros, o motor 13,8 litros, 370 e 420 cavalos, do Eurotech.
Anteriormente, a linha de pesados para o mercado brasileiro era produzida na fábrica da Iveco em Córdoba, Argentina. A partir de agora, apenas a cabina dos modelos nacionais continuará sendo fabricada no país vizinho, que concentrará a produção para a América Latina e servirá de base exportadora para novos mercados da África e Oriente Médio.
Já a unidade brasileira, além do mercado interno, exportará para o Chile, Colômbia e Caribe. De acordo com Ferraris, nada impede que Sete Lagoas passe a exportar também para outros mercados, caso tenha condições competitivas.
Nacionalização - Com a fabricação no Brasil, houve um aumento de 10% no parque de fornecedores nacionais. Entre os itens nacionalizados estão as caixas de câmbio e direção, eixo traseiro e de transmissão, chassi, rodas, pneus, bancos, freios, sistemas de injeção e pneumáticos, tanques de combustível e de ar e componentes elétricos, entre outros.
O diretor de Operações Industriais da Iveco, Angel Fiorito, informou que, mesmo quando a linha de pesados era produzida na Argentina, cerca de 40% das peças utilizadas eram brasileiras. "O que fizemos foi desenvolver a linha de Sete Lagoas e transferir a produção para cá".
O Complexo Industrial de Sete Lagoas emprega 900 funcionários, número que deverá subir em 200 com a nova linha. Neste ano, deverá produzir cerca de 11 mil veículos comerciais leves (Ducato e Daily), aumento de 10% sobre os resultados de 2003. No ano passado, a unidade exportou cerca de 1.200 desses veículos e a previsão é chegar a 1.500 este ano.
Além de partilhar linhas de montagem paralelas em Sete Lagoas, num investimento 50%-50%, a Iveco partilha com a Fiat um centro de distribuição de peças em Betim (MG), numa unidade da Usifast que comporta ainda um Porto Seco, com a distribuição feita pela TNT numa operação casada com a da Fiat.
Este CD abastece a Rede de Concessionárias Iveco, que também foi reestruturada visando aumentar a qualidade e padronizar as operações ao nível europeu.
Iveco: (11) 3327-6600
www.iveco.com.br
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