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Projeto logístico da Golden Cargo rende economia à Nufarm

Por Redação em 12 de fevereiro de 2009 às 12h03 (atualizado em 15/04/2011 às 17h24)

Operadora e fabricante comemoram resultados do redesenho da distribuição de insumos agrícolas

Desde 2003 a Golden Cargo presta serviços à Nufarm, multinacional fabricante de fitossanitários, produtos químicos utilizados na defesa das plantações contra pragas e intempéries climáticas. O que começou há seis anos como uma operação acanhada, em um pequeno CD em Cuiabá (MT), foi se desenvolvendo até chegar ao modelo de hoje, que envolve cinco unidades; dois armazéns e mais três pontos de cross-docking, além da planta. Foi, sem dúvida, um grande salto, mas este não é o resultado mais importante da parceria entre ambas as empresas.

“O redesenho feito pela Golden Cargo para a nossa distribuição gera uma economia de R$ 300 mil por ano, entre frete e armazenagem”, comemora Marcelo Melo, gerente de Logística da Nufarm. O executivo acrescenta ainda que o número de entregas realizadas dentro do prazo cresceu em cerca de 28 pontos percentuais. “Se em 2004 esse índice era de 65%, hoje ele gira em torno de 93% – e nossa meta é 95%”, informa Melo.

Foram vários os motivos que levaram à economia de tempo e de dinheiro. “A partir de 2007 as coisas começaram a mudar em duas frentes: a verticalização da operação em São Paulo e o incremento neste mesmo CD, que desde então é o centro da operação”, explica Wander Sinigaglia, gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Golden Cargo. “O espaço ocupado pela Nufarm no armazém passou de mil metros quadrados e 1.500 posições-palete, para três mil metros quadrados e 6.000 posições-palete”, justifica o executivo, descrevendo a parte física do processo. Mas Sinigaglia afirma que o diferencial foi mesmo o redesenho do processo, centralizando a atividade.

“Com essa medida de concentrar no mesmo lugar a armazenagem e a distribuição, transferimos o grosso do faturamento da Nufarm, que antes ficava na planta de Maracanaú (CE), para cá. A mudança também nos permitiu usar toda nossa expertise logística, no sentido de consolidar todas as cargas fracionadas, inclusive de outros clientes”, conta o executivo. Ainda segundo Sinigaglia, “a redução de custos alcançou 7% com a eliminação de passos do processo, como a coleta do material e o re-processamento; e a diminuição do transit time foi de um dia, e em alguns casos, até dois dias graças a uma diferença geográfica: agora, 80% da demanda da fabricante química fica num raio de 1.000 km; antes essa demanda ficava a 3.000 km”, compara. 

“Oferecemos sólida infra-estrutura logística e ampla malha rodoviária, para permitir à Nufarm atender, diretamente da fábrica, praticamente todas as regiões do Brasil”, conta Sinigaglia. “A Golden Cargo opera a distribuição para estados do Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste, através de dois CD´s – um em Cuiabá para atendimento do Mato Grosso e Rondônia, e outro em Barueri, verticalizando a operação de armazenagem e distribuição para Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Para as regiões Norte e Nordeste, a distribuição é feita através de cross-docking nas filiais de Araguaína (TO), Feira de Santana (BA) e Luis Eduardo Magalhães (BA)”, enumera.

Sinigaglia estima que a movimentação da operadora para a multinacional química chegue a 28 mil toneladas anuais de produto manufaturado. É um volume razoável, mas que não chega à metade do total produzido e distribuído pela Nufarm. “Em um ano fazemos circular quase 75 mil toneladas de produtos, em cerca de 15.600 entregas”, contabiliza Marcelo Melo.

Para alcançar essa performance, é preciso driblar alguns entraves. O gerente de Logística da fabricante afirma que, “como a maior parte dos clientes está em áreas rurais, a má-qualidade das estradas, muitas vezes sem asfaltamento, costuma atrasar as viagens; mais até do que para os transportadores de uma forma geral”. Sinigaglia tem a mesma percepção: “Até existem dificuldades específicas deste setor, como a observância à rígida legislação e altos investimentos em treinamento, em segurança e meio-ambiente. Mas os principais problemas são aqueles inerentes ao transporte no país, e que atingem todo o mercado, como falhas estruturais, má-qualidade das estradas e roubo de carga”, acredita ele.

Melo acrescenta outra particularidade deste mercado, que é a co-dependência do clima. “Os produtos que vendemos tem um prazo de aplicação bem específico, e nem sempre as condições do clima colaboram. Por exemplo, o agricultor precisa pulverizar determinado defensor na plantação um mês antes das chuvas virem. Se essa chuva atrasa ou se adianta, já dificulta ou até inviabiliza o uso”, esclarece, justificando a necessidade de se ter um planejamento forte. Segundo o executivo, esta já complicada equação recebeu outra variável recentemente: a escassez de crédito resultante da crise.

www.goldencargo.com.br
www.nufarm.com.br

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