Para driblar a espera por caminhões, transportadora compra companhias menores e incorpora veículos
Em 2008, a Rodolatina comprou 85 caminhões, de 360 e 440 cavalos, com configuração 6X2, das montadoras Volvo, Mercedes-Benz, Iveco e Volkswagen. Mas, como esse número de veículos não foi suficiente para atender à demanda crescente, a empresa mudou de estratégia. A transportadora de cimento a granel adquiriu duas empresas menores; a catarinense Batista Duarte, e a mineira Vampec. Só com essas duas operações, a frota da empresa aumentou em mais 85 caminhões, ou seja, o mesmo número de veículos encomendados diretamente às fábricas.
O transporte de cimento a granel corresponde a 98% do trabalho da Rodolatina, que agrega ainda serviços especializados como o carregamento e a expedição do produto nas fábricas, a gestão de pedidos e o controle de estoque de unidades consumidoras. A empresa é líder do setor, movimentando aproximadamente 23% das cerca de oito toneladas produzidas por ano no país. Mas Bruno Zibetti, diretor da companhia e filho de seu fundador, sinaliza que não vai parar por aí e que vai perseguir um possível aquecimento do mercado de cimento no país. “Estudos demonstram que a produção anual total vai dos atuais 45 milhões de toneladas, para 80 milhões em 2012, e queremos acompanhar esse crescimento”, afirma ele.
Bruno atribui a explosão da demanda ao boom imobiliário em curso no país, e ainda não prevê o impacto da crise atual nos negócios. A empresa espera concretizar o crescimento no faturamento projetado para 2008, que é de 80% em relação ao ano passado, o equivalente a R$ 100 milhões. Para isso, já começou a negociar com as montadoras novas compras para 2009, embora nada esteja definido ainda. “Mas sabemos que continuaremos crescendo e a aquisição de outras empresas não está descartada”, afirma o executivo.