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Transição sem turbulência na Ceva Logistics

Por Redação em 5 de abril de 2007 às 9h31 (atualizado em 10/05/2011 às 11h18)

Empresa muda o comando na América do Sul e anuncia estratégia para o mercado brasileiro

Esta semana, a Ceva Logistics – novo nome adotado pela antiga TNT Logistics após sua aquisição, em agosto de 2006, pelo fundo de investimentos Apollo Management L.P. – anunciou mudanças em sua estrutura no Brasil.

Transição sem turbulência na Ceva Logistics
A direção geral da empresa na América do Sul passou para o italiano Giuseppe De Vincenzo (foto), até então diretor da divisão Automotiva da empresa, no país desde 2002. Ele substitui seu compatriota Giuseppe Chiellino, que está no Brasil desde 1998. Chiellino assume agora o comando das operações da empresa na Espanha.

As mudanças estavam inicialmente previstas para ocorrer no segundo semestre, mas uma reestruturação na Europa apressou a agenda. A Espanha passou a integrar a unidade de negócios Itália e América do Sul, comandada por Gianfranco Sgro, que também já passou pelo Brasil. “Não houve nada imprevisto. Giuseppe De Vincenzo já era o nome escolhido para assumir o meu lugar. Apenas adiantamos os planos em função de uma sinergia que surgiu na Europa”, explica Chiellino.

Além do desafio de firmar a nova marca no mercado – para o que a empresa está investindo cerca e R$ 2 milhões em branding apenas no Brasil – a empresa tem como meta crescer 10% na região nos próximos três anos. No ano passado, a Ceva Logistics Brasil teve receita líquida e R$ 408 milhões e fechou o ano com 5,6 mil funcionários, contra cerca de 5 mil em 2005. Para este ano, a meta é atingir receitas de R$ 450 milhões e chegar a seis mil funcionários no país. Os investimentos previstos para o Brasil, segundo a empresa, somam mais de R$ 10 milhões este ano.

O crescimento, de acordo com De Vincenzo, se dará em duas frentes: dentro dos clientes atuais, que estão demandando mais volumes, o que leva ao aumento de complexidade e a mais atividades terceirizadas; e pela conquista de novos clientes, inclusive de áreas não atendidas tradicionalmente pela empresa. “O crescimento projetado da econômica brasileira, que este ano começou acelerado, nos faz prever cumprir esta meta sem dificuldades”, disse o novo diretor geral.

Outra mudança implementada pela Ceva foi o desmembramento das atividades, com focos específicos por segmentos. Anteriormente, a empresa trabalhava com duas divisões de negócios: Automotiva e Não Automotiva. Agora, além da Automotiva, que ficou a cargo de Henrique Ballesteros, foram criadas as diretorias Industrial e Pneus, sob o comando de Ricardo Melchiori; e a Hi-Tech, Bens de Consumo, Publishing e Banking, cujo responsável é Paulo Franceschini. Há também a gerência regional Argentina, sob o comando do argentino Gustavo Grosso. De acordo com Chiellino, a reestruturação é importante para que seja dada atenção para as necessidades específicas de cada cadeia logística.

Apesar das mudanças, os dois executivos são unânimes em afirmar que a transição de TNT Logistics para Ceva foi tranqüila tanto internamente, entre os funcionários, quanto com os clientes. A estratégia para isso foi usar a transparência, mantendo todos bem informados sobre o que acontecia.

A empresa afirma não ter perdido contratos devido à transição. “Ao contrário, ganhamos dois novos clientes importantes, em áreas em que não atuávamos antes no Brasil”, lembra De Vincenzo. “Um deles é com a CVRD para administrar a cadeia de suprimentos de peças ferroviárias, segmento em que já atuamos lá fora, mas não aqui. O mesmo se deu com o contrato com a Infoglobo para a distribuição de jornais e revistas, inicialmente no Rio de Janeiro. Esta é uma atividade em que a Ceva é muito forte na Europa, mas que não fazia no Brasil”, informa o executivo.

Para eles, as mudanças que vêm acontecendo são parte natural do negócio e não se dão especificamente pela mudança de acionista. “Continuamos com as mesmas metas, de atender bem ao cliente e crescer em nossos mercados-alvo”, resumiu Chiellino.

Outra mudança esperada para meados deste ano é no comando mundial da empresa: David Kulik, atual CEO, passará a integrar o Board da Ceva e em seu lugar assumirá John Pattullo, que está se desligando da DHL Exel Supply Chain. “Exceto as mudanças normais que ocorrem no realinhamento de qualquer negócio, nosso management continua o mesmo e estamos todos empenhados em cumprir os compromissos com o novo proprietário e com os clientes”, declarou Chiellino, que parte no final deste mês para a Espanha, “mas já com saudades do Brasil”.

A Ceva Logistics, especializada no gerenciamento e operação de cadeias logísticas, possui 53 filiais no Brasil, onde gerencia cerca de 490 mil metros quadrados de área de armazenagem. Possui 25 clientes em segmentos variados, com destaque para o automotivo, que deu inicio às suas atividades no país com o contrato com a Fiat. No mundo, opera 567 armazéns, 7,4 milhões de metros quadrados e está presente em 26 países, com vendas de 3,5 bilhões de euros no exercício fiscal de 2005.

www.cevalogistics.com.br

Veja mais detalhes sobre os planos da Ceva para o Brasil na edição de maio da Revista Tecnologística

 

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