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Santos Brasil investe na estrutura

Por Redação em 29 de março de 2007 às 16h11 (atualizado em 27/04/2011 às 12h29)

Terminal de contêineres destina para este ano R$ 200 milhões para a construção do terminal e aquisição de equipamentos

O Terminal de Contêineres Santos Brasil calcula fechar o ano de 2007 com movimento de 1,22 milhão de TEUs, frente aos 1,11 milhão aferidos em 2006. Este índice representa 20% do total de contêineres transacionados no Porto de Santos. A previsão é de que o complexo de Santos movimente este ano 2,57 milhões de TEUs. A Santos Brasil divulga, ainda, que o EBTDA aguardado para 2007 é de R$ 220 milhões. Em 2006, o número obtido foi de R$ 161 milhões. Para 2008, a expectativa de movimentação é de 1,5 milhão de TEUs.

Para isso, a companhia destina para este ano investimentos da ordem de R$ 200 milhões. De acordo com o presidente, Wady Jasmin, R$ 120 milhões serão aplicado na construção do Terminal 4 da companhia. O local terá berço de 220 metros, retroárea de 88 mil m2 e capacidade para movimentar 300 mil TEUs por ano. Segundo o diretor de Operações, Antonio Carlos Duarte, a previsão é de que as obras sejam iniciadas em outubro e concluídas em 24 meses.

A aquisição de equipamentos também faz parte da estratégia de investimentos. Duarte diz que, até o final de 2007, mais 12 RTGs (equipamento de movimentação) entram em operação. “Atualmente temos dez em funcionamento. A partir de setembro receberemos lotes com três unidades”, frisa. O diretor informa que cada unidade é comprada a 1,3 milhão de euros e possibilita o crescimento vertical da área de armazenagem.

Além do aumento da capacidade e da eficiência – a Santos Brasil realiza 50 movimentos por hora – ,o investimento em equipamentos e construção de áreas possibilita a diminuição nos custos. “Há dez anos, eram 11 movimentos por hora, o que gerava um custo de US$ 600 por contêineres cheios manipulados. Atualmente, se gasta US$ 200”, comemora.

Gargalos

Apesar dos números positivos, os executivos ressaltam as dificuldades estruturais, algumas já solucionadas. Duarte afirma que desde 2004 a Santos Brasil, em parceria com órgãos governamentais, investe para melhorar a operação. Na via de acesso ao terminal, por exemplo, foi instalada sinalização e construída uma alça viária – investimento da prefeitura do Guarujá (SP) e da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Além de verba pública, o executivo ressalta que as empresas também destinaram recursos para as melhorias. Na Santos Brasil, salienta, foi instalado um sistema de agendamento. “O transportador realiza um pré-cadastro do contêiner em nosso site e gera uma janela de chegada de quatro horas. Quando chega ao terminal, as informações são cruzadas, o que evita filas”, descreve. Jasmin ressalta que desde 1998 a Santos Brasil já investiu R$ 460 milhões em infra-estrutura.

A construção da perimetral a partir de 2009 – três viadutos que agilizarão a chegada dos veículos ao Tecon – também anima o diretor de Operações.

O modal marítimo é outra preocupação. Isso porque, hoje, o calado do Tecon na maré baixa é de 11,7 metros e 12,80 metros na cheia. “Estamos incompatíveis, uma vez que o maior navio que opera conosco tem 13 metros”, admite. Para solucionar o entrave, a Codesp, informa Duarte, já iniciou estudos a fim de aprofundar o canal para 15 metros.

Na opinião do presidente, apesar das dificuldades não há demanda reprimida. Na Santos Brasil, são 25 mil posições estáticas. “Se tivéssemos portos mais eficientes conseguiríamos inserir nossos produtos a um nível de competitividade melhor”, aposta.

www.santosbrasil.com.br


 

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