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TCP contabiliza lucros e investe em infra-estrutura

Por Redação em 18 de janeiro de 2007 às 14h46 (atualizado em 27/04/2011 às 17h17)

Terminal paranaense amplia pátio, número de tomadas e adquire equipamentos

O movimento de cargas conteinerizadas registrado em 2006 no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) foi 16% superior a 2005. Em TEUs, a movimentação passou de 390.041 em 2005 para 453.811 no ano passado. Um dos principais destaques foi a movimentação de contêineres Reefers (refrigerados). Esta modalidade cresceu 24% – de 26.544 unidades em 2005 para 32.922 em 2006. As carnes congelada de aves, suínos e bovinos e produtos alimentícios como maçã e suco de laranja, por exemplo, foram os com maior índice de embarque.

Segundo o diretor geral do TCP, David Simon, para atender ao aumento de demanda dos contêineres Reefers foram investidos no ano passado R$ 2,4 milhões para a ampliação do número de tomadas elétricas para as atuais 1.500. Simon ressalta que o desempenho de cargas Reefers reforça a tendência de aumento nas exportações via contêineres, crescimento de 13,3% frente a 2005. Os produtos mais exportados por meio de contêineres foram carne, madeira, papel, couro, açúcar e peças automotivas.

No sentido contrário, o TCP registrou queda de 4,7% na movimentação de contêineres provenientes do exterior, devido a fatores alheios ao negócio, como a guerra fiscal entre os estados. A situação só foi solucionada após o governo estadual equiparar, em outubro de 2005, e promover um ajuste no final do primeiro trimestre de 2006, na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre importações, igualando os benefícios oferecidos por outros estados. O reflexo foi imediato. Prova disso foram os 9.500 contêineres, entre desovas de importação e estufagens de importação, movimentados no Terminal.

O transbordo de contêineres (movimentação entre portos brasileiros) também apresentou crescimento. Ao todo, o índice aumentou 213%, passando de 11.032 para 34.588 unidades entre 2005 e 2006. De acordo com Simon, as mudanças efetuadas pela Receita Federal no segundo semestre de 2005, que deram agilidade às operações aduaneiras dos transbordos, a infra-estrutura oferecida e a capacidade do TCP de administrar essas operações foram determinantes para o aumento.

Para o diretor Comercial, Marcelo Nader, o número positivo na operação de transbordo se deve ao fato de o terminal adotar procedimentos aduaneiros ágeis, observando a segurança fiscal, e oferecer aos clientes boa infra-estrutura – pátio amplo e softwares de gestão. “Conseguimos uma conectividade de todos estes fatores”, afirma.

Iniciativas

Simon destaca que algumas ações efetuadas pelo TCP em 2006 se tornaram diferenciais competitivos. Para ele, os investimentos superiores a R$ 220 milhões realizados nos últimos oito anos o transformaram em um dos mais bem equipados e eficientes terminais de contêineres da América Latina. “Além dos equipamentos adquiridos, fundamentais para uma operação portuária moderna, privilegiamos ao longo desses anos o relacionamento com os clientes, a qualidade da gestão e a melhoria contínua dos serviços oferecidos ao nosso usuário”, explica.

O TCP investiu, também, na elaboração de projetos logísticos customizados para atender à demanda de setores exportadores como eletro-metal-mecânico, algodão, maçã, couro, açúcar e outros produtos alimentícios. Nader conta que foram fechados acordos comerciais com transportadores rodoviários e ferroviários, armazéns gerais e comissários de despachos. “Queremos oferecer um pacote de soluções logísticas que melhor ser enquadre às necessidades dos clientes”, informa.

O ano de 2006 também marcou a aquisição de equipamentos. Foram três transtêineres RTG (total de dez), quatro Terminal Tractors (16 ao todo) e quatro Terminal Chassis (agora 18 em operação). Além disso, foi adquirido um equipamento MHC (guindaste móvel) para descarga e carga de navios. No total, foram investidos, ao longo de 2006, cerca de R$ 30 milhões na compra de produtos e treinamento.

O início das operações, no segundo semestre de 2006, de um ramal ferroviário no Terminal, em parceria com a América Latina Logística (ALL) –  que oferece a possibilidade de conexão com o modal rodoviário – também contribuiu para os resultados positivos em 2006. “Essa é uma importante vantagem competitiva que tem atraído cargas e clientes de outros estados, inclusive de locais mais próximos a outros portos”, diz Simon.

O resultado dessas ações, lembra Simon, pode ser verificado no aumento da produtividade, que passou de oito movimentos de contêineres por hora por guindaste de bordo, em 1998, para os atuais 25 contêineres movimentados por hora por portêiner, e no aumento da movimentação total de contêineres no Terminal, que passou de 160 mil TEUs/ano em 1998 para 453 mil TEUs/ em 2006.

Planejamento

Para 2007, está prevista a chegada de quatro portêineres STS IMPSA Post Panamax, com capacidade para operar embarcações de grande porte. Já em fevereiro, o pátio de contêineres será ampliado em mais 90 mil m2 – atingindo uma área total de 320 mil m2. Também no segundo mês deste ano serão iniciadas as obras para a construção de uma sub-estação elétrica, que dará suporte a energização de mais 2.200 tomadas.

O website do Terminal também sofrerá alterações. Serão implantadas ferramentas a fim de proporcionar maior interação do usuário. A tecnologia permitirá, por exemplo, que o cliente entre diretamente com os dados da operação e da carga no site. A novidade vem para complementar as mudanças realizadas ao longo de 2006, que permitem ao usuário consultar o status do contêiner e seu histórico no pátio, além do acompanhamento online da programação de atracação dos navios (hora de chegada, início da operação e tempo limite para a entrega do contêiner de exportação).

www.tcp.com.br

 

 

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