O mercado de galpões logísticos encerrou 2024 com recordes históricos, incluindo a menor taxa de vacância já registrada, maior absorção bruta acumulada e melhor desempenho no quarto trimestre. Os dados são da pesquisa "First Look", realizada pela JLL.
Durante o ano, a absorção bruta totalizou mais de 4,3 milhões de m² em todo o país, enquanto a absorção líquida atingiu 2,6 milhões de m². Esse movimento reduziu a vacância nacional em 1,5 ponto percentual em comparação com 2023, chegando a 8,4%. O volume elevado de transações influenciou o aumento do preço médio do aluguel, que subiu mais de 10% no ano, sendo negociado, em média, a R$ 28/m² no país. Em São Paulo, o reajuste ultrapassou 15%, com valores médios em torno de R$ 31/m².
Nos últimos quatro anos, o estoque de galpões logísticos cresceu 62%, passando de 21 milhões para 34 milhões de m². Segundo André Romano, gerente da divisão Industrial e Logística da JLL, o setor conseguiu atender à demanda com a entrega de novos empreendimentos em regiões estratégicas.
O crescimento do setor foi impulsionado por grandes empresas de varejo e e-commerce, segundo Rafael Picerni, analista de Pesquisa e Estratégia da JLL. Somente o Mercado Livre locou 123 mil m² em cinco estados no quarto trimestre de 2024, sendo 90 mil m² no Rio de Janeiro. O estado registrou sua melhor performance no período, com a vacância reduzida para 12% e absorção líquida acumulada de 302 mil m², mesmo após a maior entrega de estoque do ano, de 171 mil m².
Romano avaliou que, após um período de crescimento acelerado desde 2020, o mercado tende a entrar em uma fase de maior equilíbrio, com consolidação e maturidade do setor.