Desde 1º de janeiro de 2025, o México aplica uma tarifa de 19% sobre produtos de plataformas de comércio eletrônico provenientes de países sem acordo comercial, afetando principalmente gigantes chineses como Shein e Temu. Segundo Sheinbaum, a medida busca regular o uso dessas plataformas por comerciantes que importam produtos para revendê-los no México sem pagar os impostos correspondentes.
"Isso não é contra o consumidor individual, mas contra práticas que prejudicam as empresas familiares mexicanas, que tiveram que fechar devido à concorrência desleal", destacou Sheinbaum em sua coletiva matinal.
Reforço de medidas contra o contrabando asiático
O novo imposto faz parte de uma estratégia mais ampla do governo para combater o contrabando. Nos primeiros dias de 2025, as autoridades mexicanas confiscaram 3 milhões de peças de mercadorias ilegais, em sua maioria provenientes da Ásia.
Além disso, o Serviço de Administração Tributária (SAT) aumentará as inspeções alfandegárias para garantir o cumprimento das novas regras.
Pressão internacional
O México enfrenta críticas de seus parceiros no T-MEC (Estados Unidos e Canadá), que acusam o país de ser um canal para a entrada de produtos chineses no mercado norte-americano.
Com essa medida, o governo busca não apenas proteger os produtores nacionais, mas também demonstrar seu compromisso com os padrões comerciais estabelecidos no tratado.
A tarifa de 19% é um sinal claro da intenção do México de equilibrar o mercado para suas indústrias locais diante da crescente influência das plataformas internacionais.