Demanda por implementos mais longos levou à busca de outros modelos
O caminhão Volvo NH, lançado em junho de 1999, deixará de ser produzido no Brasil até o final do ano. A fábrica brasileira da montadora, localizada em Curitiba, foi a única do grupo a produzir o NH e fornecia o modelo para o Brasil e as Américas do Sul e Central, além de outros mercados na Europa, Ásia, Oriente Médio e África. Desde 1999, foram fabricadas 10 mil unidades.
O cancelamento de sua produção foi provocado pelo fato de o NH ter sofrido uma diminuição em sua procura nos últimos anos, em função de uma mudança no perfil das frotas dos transportadores brasileiros, que estão preferindo o modelo frontal. No caso da Volvo, esta opção é coberta pelo FH, que tem uma cabine mais curta e permite ao transportador o uso de implementos mais longos e, conseqüentemente, cargas de dimensões maiores. “A preferência pelo modelo FH está ligada à mudança do perfil da carga transportada no Brasil. Cargas industriais têm maior volume e menor peso, por isso precisam de uma composição mais longa”, explica Sérgio Gomes, gerente de Planejamento Estratégico da Volvo do Brasil.
A cabine do NH, também conhecida como “bicuda”, não permite que as empresas e os caminhoneiros usem deste expediente. Para estabelecer o tamanho das composições que podem rodar nas estradas brasileiras, as leis nacionais levam em consideração o comprimento do cavalo mecânico mais o semi-reboque. A chamada Lei da Balança estabelece que as composições tenham um comprimento máximo de 18,15 metros, para o caso de carretas de três eixos, e de 19,8 metros para os bitrens.