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Ações do Mercado Livre caem 15% no 3T e atenção se volta para Magazine Luiza; entenda

Magazine Luiza divulga resultados com foco na melhora da lucratividade após queda do Mercado Livre
Por Redação em 11 de novembro de 2024 às 7h26
Ações do Mercado Livre caem 15% no 3T e atenção se volta para Magazine Luiza; entenda
Foto: Divulgação/Mercado Livre
Foto: Divulgação/Mercado Livre

As ações do Mercado Livre (BDR: MELI34) sofreram queda de 15% no Nasdaq após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) na última quarta-feira (6). No fechamento da manhã desta quinta-feira (7), as ações operavam em torno de US$ 1.800.

No 3T24, o Mercado Livre registrou lucro líquido de US$ 397 milhões, um aumento de 11% em relação ao ano anterior, mas abaixo da expectativa média dos analistas, que era de US$ 542 milhões, conforme estimativas da LSEG. A queda no lucro foi atribuída aos custos de crédito e logística, que impactaram a expansão da receita.

Martin de los Santos, diretor financeiro do Mercado Livre, declarou à Reuters que "a maior parte da pressão sobre o lucro no trimestre veio de investimentos da empresa para ampliar seu portfólio de cartões de crédito e logística de e-commerce". Ele acrescentou: “O que provavelmente aconteceu é que o mercado subestimou a quantidade de investimentos que estamos fazendo em cartão de crédito”.

A Genial Investimentos classificou os resultados do 3T24 como “dores de crescimento”, destacando que o Ebit (-29,7%) e a margem Ebit ficaram 4,5 pontos percentuais abaixo do consenso. Apesar da queda na margem, a empresa apresentou métricas operacionais positivas, como GMV (+71% ano a ano com ajuste de câmbio neutro), itens vendidos (+28% anuais), compradores únicos (60,8 milhões, +21% ano a ano) e melhora no índice de inadimplência (NPL).

O Bradesco BBI destacou que os investimentos realizados pelo Mercado Livre impactaram os resultados do trimestre e esperava uma reação negativa no pós-balanço devido aos números abaixo das estimativas. O banco avaliou que "os resultados do 3T24 devem levar o consenso a reduzir as estimativas de lucratividade de curto prazo" e mencionou a possibilidade de redução da margem Ebit de consenso em cerca de 1-2 pontos percentuais, o que implicaria uma revisão para baixo do lucro por ação esperado para 2025.

Apesar das quedas no 3T24, o Bradesco BBI manteve a recomendação de outperform para o Mercado Livre, afirmando que os pilares da tese e as perspectivas de longo prazo continuam favoráveis na cobertura do setor de varejo/consumo na América Latina. A Genial também manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 110 para o BDR.

Com a reação negativa do Mercado Livre, as atenções se voltam para o Magazine Luiza (MGLU3), que reverteu o prejuízo ajustado de R$ 143,4 milhões registrado no mesmo período do ano anterior (3T23) e apresentou lucro recorrente de R$ 70,2 mi no 3T24, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (7) após o fechamento do mercado. As expectativas estão focadas na continuidade da melhora da rentabilidade da varejista de e-commerce.

Nos primeiros nove meses de 2024, o Magazine Luiza registrou um lucro líquido ajustado de R$ 137,4 milhões, revertendo o prejuízo ajustado de R$ 651,6 milhões acumulado no mesmo período de 2023.

O BTG Pactual projeta que o GMV online do Magazine Luiza cresça 3% anualmente, com o GMV consolidado aumentando 6%, e o GMV 3P (marketplace) crescendo 5%. A margem Ebitda pós-IFRS16 deve crescer 250 pontos-base anualmente, alcançando 7,7%.

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