A Sequoia Logística e Transportes, empresa que atua nos segmentos de e-commerce e tecnologia do país, realizou ontem, 7 de outubro, sua cerimônia de IPO e ingressou, no ano em que completa dez anos de existência, no grupo de empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira (B3), no Novo Mercado, segmento com o maior nível de governança corporativa.
A Sequoia informa que faz sua estreia com valor de mercado de R$ 1,6 bilhão, depois de precificar sua ação (SEQL3) em R$ 12,40. Os bancos BTG Pactual, Santander, Morgan Stanley e Banco ABC Brasil coordenaram o IPO.
Do montante total de 80.701.753 ações oferecido ao mercado, o componente primário da oferta representou 28.070.175 e o secundário 52.631.578, totalizando R$1 bilhão negociados. Os recursos obtidos na oferta primária serão destinados a aquisições de empresas dos segmentos de logística e transporte, a investimentos em automação e novas tecnologias e à otimização da estrutura de capital da companhia.
Os principais acionistas antes da oferta inicial eram o fundo de private equity norte-americano Warburg Pincus, com 70,5% do capital, e o fundador Armando Marchesan Neto, que detinha direta e indiretamente cerca de 27%, por meio dos fundos geridos pela Fram Capital, sendo o saldo restante de ações dos minoritários.
Com a oferta secundária, os acionistas principais reduziram parcialmente a sua participação, mas mantêm-se ainda com as maiores participações individuais, o que mostra a confiança no futuro da companhia. Com a nova distribuição de ações, nenhum acionista deterá mais de 50% das ações da empresa, o que significa que a Sequoia deixará de ter um controlador - o que reforça ainda mais o profissionalismo em sua gestão.
O CEO e fundador da Sequoia, Armando Marchesan Neto, afirma que a iniciativa é histórica para a empresa e o setor logístico. “O crescimento do e-commerce no Brasil cria uma forte e sustentável demanda pelos nossos serviços, o que representa a perspectiva de um futuro promissor”, diz.
Operações
O executivo completa dizendo que em 2019 o mercado nacional de e-commerce atingiu um valor bruto de mercadorias no varejo de R$ 107 bilhões e segundo os estudos sobre o setor deve manter o crescimento acima de 20% ao ano nos próximos cinco anos, o que demandará ainda mais serviços ágeis e confiáveis.
Segundo dados da Sequoia, a companhia registrou crescimento nas operações apesar da pandemia. A empresa divulga que registrou receita líquida de R$ 376,5 milhões no primeiro semestre deste ano, aumento de 58,4% em relação ao ano anterior. A receita líquida atingiu R$ 527,2 milhões no ano passado, contra R$ 362,4 milhões de 2018 e R$ 287,9 milhões de 2017. O Ebitda ajustado totalizou R$ 64,8 milhões em 2019, ante R$ 38,8 milhões de 2018 e R$ 38,1 milhões de 2017. A margem Ebitda ajustada foi de 9% no ano passado, contra 10,7% em 2018 e 13,3% em 2017.