A Panalpina Brasil aposta suas estratégias no mercado de alta tecnologia e, para isso, investe no desenvolvimento de soluções e aperfeiçoa sua expertise a fim de aprimorar e expandir a atuação junto às empresas do setor, que demandam por operações assertivas com a entrega dos produtos muitas vezes prontos para serem utilizados.
Segundo o diretor de Logística da empresa, Marcelo Tonet, a empresa já movimentou este ano mais de R$ 1,5 bilhão em mercadorias para o segmento, com uma média mensal de R$ 226 milhões. “Isso representa um crescimento expressivo para este setor. Durante o ano passado, movimentamos R$ 1,2 bilhão em equipamentos, aproximadamente R$ 100 milhões por mês”, calcula. Segundo o executivo, devido às políticas internas do Grupo Panalpina, companhia de capital aberto, os números consolidados não podem ser divulgados.
Tonet revela, contudo, que do ano passado até aqui foram aplicados investimentos estratégicos que envolveram, entre outras coisas, a atualização do Transport Management System (TMS) utilizado nas operações, bem como o treinamento da equipe interna e dos subcontratados. Equipamentos de movimentação e a adequação do layout de armazéns também entram nessa conta.
Há novidades, ainda, com relação a serviços. O mais recente é o Demand Driven Inventory Dispositioning (D2ID) – estudo consultivo que a Panalpina realiza para melhor distribuir os estoques, considerando a demanda. De acordo com o diretor, o segmento hightech é, invariavelmente, um segmento composto por produtos de alto valor agregado e a correta administração dos estoques, seja de insumos seja de produtos acabados, pode ser a causa do lucro ou do prejuízo dos clientes.
O D2ID foi desenvolvido pela área de Supply Chain Management da Panalpina em conjunto com a Universidade de Cardiff, do Reino Unido. Além dele, há outros que não são chamados de novos, mas que vêm sendo aperfeiçoados ao longo dos anos, como o White Gloves Deliveries, ou entregas técnicas, serviço que requer treinamento constante das equipes e erro zero, por se tratar de cargas muito delicadas.
Quanto à mão de obra, são cerca de 300 profissionais diretamente envolvidos com empresas do segmento hightech, mas Tonet garante que para absorver os picos e vales de demanda, há uma equipe multifuncional, que inicia as operações sempre que os volumes sazonais aparecem.
Diferenciais
Para o executivo, o sucesso da atuação da companhia e aumento dos negócios junto ao setor de alta tecnologia deve-se principalmente à qualidade dos serviços que a Panalpina oferece ao mercado, composto por grandes companhias, movimentando máquinas de altíssimo valor e grande porte, que exigem extrema atenção no manuseio e no transporte, além de uma entrega customizada. “Este é um tipo de transporte considerado sensível, que necessita de atendimento especializado, de embalagens especiais, de veículos adaptados com plataforma hidráulica para carga e descarga, entre outras peculiaridades, e a Panalpina atende todas as exigências e requisitos do setor”, afirma.
De acordo com Tonet, outro diferencial da operadora logística é o chamado serviço ponta a ponta, que envolve desde o frete internacional – para equipamentos importados –, o desembaraço aduaneiro, a gestão e a operação diária dos armazéns dos fabricantes até a entrega dos equipamentos nos destinos finais em todo o Brasil. “Na entrega final, por exemplo, não deixamos os equipamentos apenas nas docas. Nós também realizamos toda a movimentação interna, ou seja, os levamos exatamente até o local do prédio onde serão instalados. Para isso, disponibilizamos equipes especializadas, que recebem treinamentos de três em três meses para garantir que todos os procedimentos operacionais e regras de segurança para este tipo de trabalho estão sendo respeitados e que as máquinas estão sendo entregues sem nenhum dano ou avaria”, acrescenta.
O diretor ressalta também que, por se tratar de cargas de alto valor agregado, é necessário um seguro à altura. Somos uma das únicas companhias do País com capacidade suficiente para gerir esse tipo de transporte. Há poucas empresas no mercado de transporte de cargas com um seguro tão robusto e com um limite tão alto quanto o nosso, tanto para avarias quanto para roubos. E caso um sinistro venha a acontecer, o cliente é indenizado de imediato”, garante.
O executivo finaliza dizendo que o setor hightech está no DNA da Panalpina que, desde quando iniciou os negócios neste segmento, o atende de forma exemplar. “E considerando todo o desenvolvimento tecnológico que vem aparecendo no mercado, temos certeza que esse setor ainda vai ser um dos carros-chefe das nossas operações por muito tempo”, reforça.