Depois de conquistar clientes como Petrobras, Cosipa, Grupo Vigor e Correios – e ver o faturamento quadruplicar em 2004, atingindo R$ 24 milhões –, a HandHeld Products Brasil se prepara para aumentar de 10% para 20% sua participação no mercado nacional de coletores de dados e, em cinco anos, tornar-se o maior player do segmento no País. A empresa inicia seu quinto ano de atividades por aqui com grandes projetos e metas a serem cumpridas, para os quais está destinando US$ 1,1 milhão. A HandHeld é líder mundial do mercado de coletores de dados e leitores de códigos de barras baseados em captura de imagem. Esta semana, Kevin Jost, presidente e CEO mundial da companhia, esteve no Brasil especialmente para falar sobre o reposicionamento da marca e da empresa no País. As mudanças começaram no início deste ano com a criação de uma diretoria-geral, assumida por Ary Gouvêa, e de duas diretorias comerciais – uma para o Rio de Janeiro, também sob o comando de Gouvêa, e uma para São Paulo, a cargo de Isac Berman. Rui de Ávila Filho, ex-diretor Comercial, assumiu a diretoria de Projetos Especiais. Ainda no começo de 2005, a HandHeld Products Brasil inaugurou as novas instalações de sua sede, agora em Barueri, na Grande São Paulo. A política para os canais de vendas (diretas e indiretas) dará uma guinada a partir deste ano. A expectativa é elevar de 45% para 80% a participação do canal indireto na distribuição dos produtos HandHeld no Brasil. Para atingir esse objetivo, a empresa pretende ampliar de três para quatro o número de distribuidoras com que trabalha no País. "Nossa estratégia é manter um número reduzido de dealers, mas transformá-los em desenvolvedores de projetos, de soluções, de forma a agregar valor para o usuário final", afirma Ary Gouvêa, acrescentando que isso demanda muito treinamento. "Faremos um investimento maciço nesse aspecto", diz. A empresa vai investir também em parcerias estratégicas com empresas de softwares de gestão e com fabricantes de impressoras, entre outros, além de buscar participação contínua em eventos do setor. Outro alvo focado a partir deste ano é o segmento de automação bancária, para o qual a captura de dados por imagem pode ser de grande utilidade. "Ainda há muito espaço para crescer no Brasil", avalia Berman, para quem não mais que 25% do mercado nacional estão automatizados. Para o diretor, a automação no País deve crescer a passos mais rápidos que no restante da América Latina, onde a demanda aumenta ao ritmo de 20% ao ano. Hoje, o continente responde por 10% das vendas mundiais da HandHeld.