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Operação inédita

Por Redação em 18 de março de 2005 às 17h37 (atualizado em 13/05/2011 às 15h35)

O grupo Multiterminais – que opera, entre outros, os terminais MultiRio, para contêineres, e Multicar, para veículos, no Porto do Rio de Janeiro, comemorou oficialmente dia 18 de março o início das operações de GM e VW pelo Multicar. É a primeira vez que as duas montadoras embarcam veículos montados pelo Porto do Rio, embora a Multiterminais já faça, há três anos, a operação para os caminhões da Volkswagen.

Desde o final do ano passado, as empresas já vinham fazendo embarques experimentais, que agora passam a se consolidar. Os veículos vêm das fábricas paulistas de Taubaté (VW) e São José dos Campos (GM). Já os caminhões vêm de Resende (RJ).

Os R$ 10 milhões foram investidos principalmente em tecnologia, treinamento e mão-de-obra. "Um terminal Roll On-Rolll Of (Ro-Ro) não exige investimentos tão pesados. O principal é a mão-de-obra, pois trata-se de uma operação intensivamente manual e muito delicada, já que os carros entram rodando no navio, onde são estacionados com um mínimo de distância uns dos outros", afirma Edson Marcelo de Sá, diretor-superintendente do Grupo Multiterminais. Segundo ele, as novas operações irão gerar cerca de 50 empregos diretos e 200 indiretos.

O Multicar é dedicado para as operações Ro-Ro. São 178 metros de cais contínuo, onde os veículos são embarcados em rampas especiais. A capacidade estática é para 12 mil automóveis. Ao todo, o Terminal tem uma área de 140 mil m2, que ainda pode ser expandida. Somado ao MultiRio, o total é de 300 mil m2 de área. O calado é de 12,30 metros na maré baixa e em águas abrigadas pela Baía de Guanabara, o que facilita as operações. Há três anos, a empresa investiu em obras no berço, canal e bacia de evolução. Agora, há planos do Governo do Estado do Rio de Janeiro para obras de dragagem que deverão aumentar o calado para 13,5 metros.

Além de GM e VW, a Multiterminais opera com as montadoras Peugeot, Chrysler e Fiat/Iveco. Em 2005, espera operar cerca de 180 mil veículos, entre carros e caminhões, contra 80 mil operados em 2004, entre importações e exportações.

Vantagens

Um dos principais motivos que levaram as duas montadoras a embarcar pelo Rio é a saturação e os gargalos dos portos de Santos e Cubatão (SP), que são opção natural para os embarques, e o aumento no volume de exportações, que agravou o problema. De acordo com Richard Schues, diretor da Volkwagen Transport, o Rio tem condições melhores que Santos, onde os embarques são realizados pelo terminal 32, muito distante e com vias de acesso precárias. E a disposição do armador Grimaldi em atender ao porto carioca possibilitou a operação. O diretor afirmou que a montadora alemã pretende fazer cerca de 10% de seus embarques pelo Multicar, dos modelos Gol e Parati que seguem para mercados como Rússia, Oriente Médio e Norte da África.

Os embarques ocorrerão duas vezes ao mês, num total de 2 mil carros/mês. Segundo ele, o transit time de Taubaté para o Rio não varia muito em relação a Santos, sendo de um dia. Em 2004, a Volks exportou 208 mil veículos e a expectativa para este ano é manter este nível.

Já a General Motors pretende escoar pelo terminal um volume mensal de aproximadamente 3 mil carros, dos modelos Corsa, Montana e Meriva, também com embarques bimensais para o México. Segundo Ricardo Castro, gerente de Logística da montadora, o volume representa cerca de 30% do total de veículos montados exportados pela GM.

O restante segue pelos portos de Santos e São Sebastião que, para ele, seriam melhores pela distância, mas estão congestionados. "Os custos logísticos até se equilibram, mas aqui no Rio as condições melhores acabam compensando a maior distância, pois não perdemos tanto tempo no acesso e reduzimos os riscos de avarias, que são grandes no caso de carros montados".

É a primeira vez que a montadora americana exporta carros montados pelo Rio. Foi realizado um teste no final do ano passado e, em fevereiro, haviam sido feitos dois embarques, somando 1.700 veículos.

Para o superintendente do Multiterminais, as vantagens do Multicar são várias: não há filas para descarregar, a área de carga e descarga fica fora do terminal, onde é feita a vistoria, com o veículo seguindo para ser parqueado ou retrabalhado, no caso de precisar de pequenos reparos. "Temos áreas disponíveis para as montadoras fazerem os reparos", afirmou Edson Sá.

Segundo ele, a produtividade do terminal é de entre 160 e 210 carros/hora no embarque e desembarque, com baixíssimos índices de avaria. Tudo isso traz custos totais mais competitivos. "Além disso, temos certificação permanente para o ISPS Code", afirmou.

Carga geral

Além do Multicar, a Multiterminais comemorava, na ocasião, as novas instalações da inspetoria da Receita Federal, agregando num mesmo lugar todos os órgãos intervenientes. "Agora, poderemos fazer trânsito aduaneiro, importação e exportação sob um mesmo teto. É um projeto antigo nosso, juntar todos num único lugar, que atenderá ao terminal de veículos e ao de carga geral, que opera também produtos florestais, principalmente papel de imprensa", explicou Sá.

A empresa realizou, também, investimentos no MultiRio, somando ao todo R$ 45 milhões, voltados principalmente à infra-estrutura, segurança e TI. O terminal movimentou, em 2004, cerca de 130 mil contêineres, e espera movimentar aproximadamente 160 mil contêineres em 2005, o que representa cerca de 200 mil TEUs. Os investimentos foram feitos com recursos próprios.

www.multiterminais.com.br
www.vw.com.br
www.gm.com.br

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