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Governo federal busca endurecer regras de logística reversa para impulsionar reciclagem e evitar desemprego de catadores

Impacto social e ambiental das mudanças na gestão de resíduos sólidos força o país a buscar soluções sustentáveis
Por Redação em 21 de fevereiro de 2024 às 6h02

O fechamento de lixões, embora essencial para a preservação ambiental, apresenta desafios significativos, especialmente para os catadores de materiais recicláveis. Enquanto o país se esforça para implementar alternativas mais sustentáveis, o desemprego e a incerteza pairam sobre milhares de famílias que dependem desse trabalho.

No Brasil, estima-se que cerca de 400 mil catadores atuam no país, muitos em condições precárias nos aproximadamente 1,5 mil lixões ainda em operação. Com o encerramento desses locais, surge a necessidade de realocar esses trabalhadores em usinas de reciclagem. No entanto, o país ainda enfrenta desafios significativos no reaproveitamento de resíduos.

Em 2022, apenas 1,12 milhão de toneladas de recicláveis foram tratadas, em comparação com os 63,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados, destacando a lacuna existente no setor de reciclagem. O descarte inadequado de materiais recicláveis, como evidenciado pelo estudo da Firjan, revela um potencial desperdiçado, com cerca de 2 milhões de toneladas sendo destinadas a aterros sanitários apenas no estado do Rio de Janeiro.

O caso emblemático do fechamento do lixão de Gramacho, que deixou cerca de 1,7 mil catadores desempregados, ilustra os desafios enfrentados. Apesar das promessas de projetos de reciclagem, muitos catadores ainda lutam para encontrar trabalho digno.

No entanto, há sinais de progresso. Projetos como o da Petrobras, que investiu R$ 4 milhões na retomada do polo de reciclagem em Gramacho, oferecem esperança. A iniciativa visa criar novas oportunidades de emprego e aumentar a eficiência da reciclagem de materiais.

Além disso, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima promete endurecer as regras da logística reversa, buscando envolver a indústria na coleta e reciclagem dos produtos que produz. Essas medidas, embora desafiadoras, têm o potencial de impulsionar a reciclagem e aliviar o fardo das prefeituras, cumprindo os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

*Com informações do jornal O Globo.

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