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Após três anos de trabalho, a Ford lança no mercado sul-americano a linha Novo Cargo 2012, que traz onze modelos, sendo cinco com a opção de cabine-leito. Com caminhões na faixa de 13 a 31 toneladas de peso bruto total, e capacidade máxima de tração de até 63 toneladas, a novidade é um projeto global que foi desenvolvido nos estúdios de design e centros de engenharia de Camaçari (BA), São Bernardo do Campo (SP) e Tatuí (SP).
A nova linha Cargo é formada pelos modelos 1317, 1517, 1717, 2622, 2628 e 3132, com cabine-regular; e 1722, 2422, 2428, 1932R e 1932, com cabine-regular ou cabine-leito. Os veículos são equipados com os motores Cummins de quatro e seis cilindros e receberam as novas transmissões Eaton das famílias FS, de seis marchas com primeira sincronizada, e FTS, com 13 marchas, totalmente sincronizadas. Todos os modelos trazem, ainda, embreagem mais robusta e novo acionamento da transmissão por cabo, que torna os engates mais leves e precisos.
O desenho dos veículos utiliza a chamada linguagem Kinetic Design da Ford, que busca dar uma sensação de movimento ao veículo mesmo com ele parado. Já a robustez fica por conta dos materiais empregados no para-choque e nas caixas de rodas encorpadas. O aspecto funcional é apresentado na aerodinâmica, no capô de fácil acesso e no basculamento de 60 graus.
As linhas dos novos caminhões são detalhistas. Na área frontal, há um conjunto de grades superior e inferior, com desenho característico da marca Ford, com uma tela ao fundo em estilo colmeia. Dois defletores aliam efeito visual de movimento e contribuem para criar um fluxo de ar nas laterais da cabine ajudando a manter as portas limpas.
Já a área envidraçada, em conjunto com janelas auxiliares tipo vigia, amplia a visibilidade, enquanto o perfil arredondado possibilita melhor aerodinâmica ao veículo. A abertura das portas é de grande amplitude para facilitar o acesso e os degraus que levam à cabine têm piso antiderrapante, com grade vazada em formato colmeia que evita o acúmulo de sujeira.
O aspecto funcional também foi aplicado na tomada de ar do motor, que fica protegida sob o capô, liberando espaço. A cabine ganhou válvulas de ar na traseira, para renovação do ar ambiente mesmo com os vidros fechados.
Há outras novidades, como válvula de freio de seis vias, coluna de direção com ajuste pneumático, chave com código eletrônico antifurto, vidros elétricos de série, além da opção de bancos com suspensão pneumática extra-conforto, travas e retrovisores elétricos.
Merece destaque a suspensão da cabine, que é composta por quatro conjuntos de amortecedores que isolam as oscilações da pista. Por dispensar abertura - a alavanca de câmbio no basculamento, a nova cabine também é totalmente fechada, garantindo a vedação contra poeira e diminuindo o nível de ruído.
Comodidade
A linha 2012 oferece segurança ativa e passiva. Os freios trazem uma nova válvula APU, com pórticos adicionais para a instalação de acessórios. Os faróis têm grande luminosidade e as lanternas dianteiras e traseiras são amplas, aumentando a visibilidade e a segurança. Há repetidores de seta nas laterais. Os comandos dos piscas, farol alto, buzina, lavador e limpador do para-brisas, reunidos numa única alavanca multifuncional, contribuem para que o motorista mantenha a atenção na pista. O cavalo-mecânico e os modelos 4x2 e 6X2 vêm com um retrovisor superior adicional que reduz os pontos cegos e facilita as manobras. A vareta de óleo do motor fica protegida sob o capô, fechado com chave.
Os veículos contam, ainda, com um sistema que trava automaticamente as portas quando o veículo atinge a velocidade de 8 km/h e oferece a opção de travas elétricas com fechamento global. A chave vem com o Sistema Global de Segurança antifurto da Ford (PATS), dotado de código eletrônico, que também permite que o motorista faça o bloqueio eletrônico do caminhão por meio de um código numérico.
Projeto
O Novo Cargo é resultado de um projeto desenvolvido no Brasil com apoio da estrutura global de recursos da Ford. Foi o primeiro projeto de caminhões da montadora no mundo a usar o sistema global de desenvolvimento do produto da marca (GPDS), que permite o trabalho simultâneo de todas as áreas de engenharia para uma execução rápida e otimizada. Ao todo, foram realizados mais de dois mil testes antes da construção do primeiro protótipo.
Além disso, a nova Linha Cargo passou por mais de 450.000 km de testes no Campo de Provas da Ford em Tatuí e em estradas da América do Sul. Foram construídos 50 protótipos em três fases. Além disso, numa fase de pré-montagem, foram produzidos cem caminhões destinados exclusivamente para testes de rodagem e de manufatura, unidades que foram desmontadas após esses programas.
A Engenharia de Serviços também participou do projeto do Novo Cargo em todas as fases, visando a garantir a facilidade de manutenção do veículo. O objetivo foi simplificar a remoção e instalação de equipamentos, além de ampliar os intervalos de manutenção, diminuir o tempo das operações e a necessidade de ferramentas especiais.
Como parte das propostas de serviços, o acesso aos itens de manutenção é facilitado pelo capô amplo e leve, que dispensa o basculamento da cabine. O para-choque dianteiro é composto por três partes e os faróis com máscara protetora facilitam a troca de lâmpadas.
O diagnóstico do motor é realizado por um visor digital no painel de instrumentos que informa os códigos de falha. A caixa de fusíveis é localizada no painel do lado do passageiro, oferecendo fácil acesso. A limpeza do para-brisa é facilitada por duas alças sob o vidro e apoio para o pé no para-choque.
O basculamento da cabine é feito por um avançado sistema hidráulico, que exige menor esforço e oferece um ângulo de abertura maior para acesso ao motor. A nova coluna de direção, com sistema “lube-for-life”, dispensa a lubrificação por graxeiras.
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