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Rossetti, CBMM e SSAB desenvolvem caçambas mais leves e eficientes

Com duas toneladas e meia a menos, equipamentos usam aço microligado ao nióbio
Por Redação em 1 de novembro de 2021 às 14h08
Rossetti, CBMM e SSAB desenvolvem caçambas mais leves e eficientes

A Rossetti Equipamentos Rodoviários, a CBMM, que atua na produção e comercialização de produtos de nióbio, e a siderúrgica nórdica SSAB firmaram uma parceria para desenvolver caçambas mais leves e eficientes, com maior capacidade de carga e redução em paradas para manutenção. Os novos equipamentos também contam com menor desgaste dos pneus e consumo de combustível.

A caçamba meia cana utiliza o aço Hardox 500 Tuf microligado ao nióbio. Como resultado, o equipamento obteve redução de 35% em seu peso, reduziu o custo de transporte em torno de 5%, além de apresentar mais eficiência energética em um transporte mais sustentável com menos poluentes.

O equipamento de 20m³ foi desenvolvido para montagem em um veículo 8x4 e sua principal função é o transporte de minério pirocloro. A versão inicial pesava 7.426 kg e era fabricada em aços carbono convencionais, com espessuras de 8 mm no fundo e 6 mm nas laterais. Há dez anos uma melhoria entrava em curso com a adoção de aços como o Hardox 450, que trazia espessuras de 6 mm no fundo, e o aço Hardox 400 na espessura de 4 mm nas laterais, frontal e porta traseira.

“Agora, utilizamos o material Hardox 500 Tuf e reduzimos ainda mais as espessuras das chapas da caixa de carga. Como exemplo, a chapa do fundo, de 6 mm para 5 mm e de 4 mm para 3 mm nas laterais, frontal e porta traseira e o equipamento passou a pesar 4.780 kg. Também substituímos itens estruturais de média resistência por materiais de alta resistência, como o aço Strenx 700, permitindo a eliminação de reforços e a redução de espessuras do sobre chassis”, diz Hugo Leandro Rosa, gerente de Manutenção da CBMM.

A redução de espessura das chapas só foi possível porque o aço Hardox 500 Tuf possui propriedades de resistência mecânica e ao impacto superiores se comparados aos outros aços na classe de 500 Brinell existentes anteriormente no mercado. “Conseguimos uma redução significativa de 2.646 kg no peso do implemento desde o primeiro projeto”, completa Rosa.

A tampa traseira da caçamba recebeu um desenho que favorece a rigidez da chapa ultrafina, eliminando a necessidade de reforços, além de um sistema de abertura mais simples e adequado à solução, com menos itens de funcionamento, de acordo com a proposta da aplicação do nióbio. O estabilizador de basculamento foi retirado, devido a inúmeros testes realizados anteriormente que comprovaram a segurança operacional de inclinômetro nas operações.

Segundo Fábio Soave, gerente de Engenharia de Produto da Rossetti, a reestruturação do produto foi feita a partir da constante busca por formas inovadoras de se realizar o mesmo trabalho. “Esse tipo de reformulação pode ser utilizado em inúmeras aplicações, mas basicamente os mercados com maior potencial de ganho são a mineração e a construção civil média e pesada. Nem todos os produtos da linha comportam uma alteração desse nível”, avalia.

O aumento da dureza em 50 Brinell frente ao aço Hardox 450, que já era utilizado pela CBMM, promove maior vida útil ao desgaste, atrelada à redução de peso com a utilização de chapas de menor espessura. Já nas regiões estruturais, como sobre chassis, estrutura da porta, estrutura da caixa de carga, entre outros, foram substituídos materiais de 300 Mpa para 700 Mpa de limite de escoamento com o aço Strenx 700, que tem o nióbio em sua composição.

Com um equipamento mais leve, é possível compensar a retirada do peso do aço adicionando carga, um ganho proporcional de 6,3% de carga útil. “A redução de duas toneladas e meia se transformaram em material transportado, ou seja, carregamos mais de 2,5 toneladas por viagem para serem processadas. O implemento trabalha 50% do tempo cheio e 50% do tempo vazio. Quando ele está cheio, compensamos com carga útil, e quando estamos voltando para a praça de carregamento, o equipamento roda com 2,5 toneladas a menos, o que nos dá um ganho de 8% de consumo de combustível e 7% de consumo de pneus. Pela necessidade de racionalizar e melhorar a utilização dos recursos naturais, assumimos o compromisso de melhorar a eficiência energética de produtos e processos e entregamos nesse projeto um equipamento 9,9% mais eficiente”, salienta Rosa.

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