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Scania apresenta seu novo portfólio global de caminhões

Veículos trazem novas opções e combinações de cabines, além da estreia mundial da motorização com 540 cavalos
Por Redação em 3 de agosto de 2018 às 11h35 (atualizado às 11h42)

A Scania apresentou ontem, dia 2 de agosto, durante evento realizado na fábrica instalada em São Bernardo do Campo (SP), sua nova geração de caminhões. Agora globais, os veículos chegam ao mercado brasileiro dois anos depois de serem colocados à disposição da Europa. Vale lembrar, porém, que diferente do que ocorreu no velho continente, aqui toda a gama será lançada ao mesmo tempo. A previsão é de que os produtos estejam disponíveis para pedidos no final do mês de outubro, e o preço será entre 10% e 15% superior à geração anterior.

A linha recém-lançada ganhou novas opções de cabine. Com isso, das opções atuais, P, G e R, que ofereciam sete alternativas de configurações, a montadora passa a disponibilizar 19 tipos de combinações variantes das novas cabines R, S, P e XT, esta última desenvolvida para operações severas. A aerodinâmica das novas cabines foi testada no maior túnel de vento da Europa, o que, segundo a empresa, propicia uma economia de combustível de até 2%.  A companhia informa que nenhuma peça da cabine da atual gama foi reaproveitada na nova linha.

O portfólio de propulsores também apresenta novidades. O destaque fica por conta do motor com 540 cavalos, com a operação brasileira da Scania marcando o lançamento mundial dessa faixa de potência. Além disso, a nova geração traz veículos com motores de 220, 280, 320, 410 e 500 cv. Os novos modelos chegam, ainda, com cinco opções de combustíveis sustentáveis, sendo duas versões movidas a GNV/biometano e três a bioetanol. Outra novidade é a chegada do motor de 7 litros para o segmento semipesado, para oferecer mais opções ao cliente dessa importante faixa de mercado.

De acordo com o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski, para estruturar a planta do ABCD paulista e fabricar a nova geração de caminhões, a unidade brasileira da montadora receberá até 2020 aportes de R$ 2,6 bilhões. Desse total, R$ 1,5 milhão será empregado até o final deste ano. Entre as melhorias já realizadas estão a nova fábrica de solda de cabines, que conta com 75 robôs, e a linha de produção para a montagem dos lançamentos, além do investimento em supply chain, com o desenvolvimento de fornecedores. “Nosso fluxo logístico agora também é global”, diz o executivo.

Divulgação
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Cabines

Antes de iniciar a produção em série da nova versão, a engenharia da montadora está investindo em testes. Até agora foram mais de 1 milhão de quilômetros rodados e, até o final de 2019, a meta é chegar a 2 milhões. O objetivo é validar e adequar os veículos para a realidade das estradas brasileiras, que possuem condições mais severas de operação na comparação com o continente europeu.

Os testes já mostram resultados. A grande novidade quanto às cabines é a versão S, que pela primeira vez disponibiliza piso plano. A nova geração de habitáculo também foi desenvolvida com uma série de características globais em foco: ambiente de condução, economia de combustível, melhor utilização do espaço interior, segurança e máxima confiabilidade.

Quanto ao exterior da cabine, a Scania tem dado prioridade aos aspectos relacionados à aerodinâmica e, consequentemente, ao consumo de combustível. Cada superfície, na parte da frente, nas laterais e até debaixo do veículo, foi otimizada para apresentar mínima resistência ao ar. Componentes como espelhos retrovisores e todas as luzes foram concebidos segundo esse ideal. Um exemplo é que a viseira padrão da indústria não vem de série. Mesmo equipamentos como defletores de ar foram integrados na concepção global, para mais uma vez não desarmonizar o conjunto com qualquer cabine e operação. O resultado foi um caminhão que pode agora reduzir o consumo de combustível em 2% graças à menor a resistência ao ar.

Todas as cabines são projetadas com foco no motorista, sempre com mais espaço interior do que antes. Trata-se de um acréscimo de duas polegadas de comprimento e também um aumento geral de 10 centímetros na altura do teto.

Já a posição de direção do motorista foi deslocada 65mm mais próximo do para-brisas e 20mm para o lado, em comparação com a cabine anterior. Dentre os principais benefícios estão melhorias em segurança, visibilidade e espaços internos, particularmente para as camas e regulação dos estágios da suspensão a ar dos assentos. A melhor visibilidade foi alcançada graças a uma maior área envidraçada frontal e pela realocação do painel de instrumentos em uma posição mais baixa.

As novas cabines podem ser equipadas ainda com airbags laterais anticapotamento, que são integrados no teto, uma técnica que, segundo a montadora, nunca havia sido usada antes em caminhões.

Divulgação
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Redução de custo

Na nova geração de caminhões da Scania, os motores foram desenvolvidos com tecnologia de alta pressão de injeção de diesel e com múltiplos pontos para diminuir o consumo, os ruídos e as emissões. Eles receberam, ainda, novos sistemas de gerenciamento e instalações.

O gerente de Pré-Vendas da Scania no Brasil, Celso Mendonça, afirma que o sistema de alta pressão associado às novas instalações no cofre do motor, a nova aerodinâmica e as inovações do Scania Opticruise ajudarão o usuário a economizar até 12% de diesel.

Outra grande novidade é que a Scania está introduzindo o lay shaft brake, um sistema de freio de eixos como padrão nas caixas Opticruise. Utilizar o lay shaft brake não só reduz o tempo de mudança de marcha, mas também contribui para que a pressão do turbo seja mantida. Portanto, o veículo irá aumentar a velocidade para a próxima marcha com maior torque, mantendo a suavidade das trocas. Esse recurso irá melhorar a dirigibilidade em condições difíceis e levar ao aumento de desempenho em todos os tipos de condução rodoviária, incluindo a partida.

Já o sistema de piloto automático adaptável da Scania também passou por uma revisão, podendo lidar com velocidades de todo o percurso até a parada, o que auxilia motoristas, por exemplo, em filas de espera e tráfegos pesados.

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