A Panalpina adquiriu, neste mês de novembro, participação majoritária na Airflo, empresa queniana que faz parte do Dutch Flower Group (DFG), companhia holandesa que comercializa globalmente flores e plantas.
A Airflo é a segunda maior empresa de freight forwarder aéreo do Quênia, especializada na exportação de flores frescas, plantas e vegetais, com foco na Holanda e no Reino Unido. A companhia conta com um total de 167 funcionários nas cidades de Nairobi e Aalsmeer. Ela organiza até 1.500 remessas com temperatura controlada por semana partindo do Quênia, totalizando mais de 40 mil toneladas de flores frescas, especialmente rosas, todos os ano.
“A aquisição da Airflo expande nossa presença na África e nos torna uma participante importante no mercado queniano de flores”, diz Peter Ulber, CEO da Panalpina. O Quênia, onde a Panalpina estabeleceu operações próprias no início do ano, é um dos principais exportadores do mundo de produtos alimentícios e florais. As flores frescas responderam por mais de 60% das exportações totais do país por frete aéreo em 2014.
“O negócio de flores no Quênia está desabrochando, com taxas de crescimento anuais na exportação esperadas para cerca de 5%. Embora seja sazonal, também é caracterizado por volumes substanciais de frete aéreo em rotas do sul ao norte, contrabalançando o fluxo de carga seca, tipicamente transportada no sentido oposto”, analisa Colin Wells, chefe global do setor Vertical de Perecíveis da Panalpina,
Os serviços da Airflo no Quênia incluem controle de qualidade depois da entrega dos produtos pelos plantadores em seu armazém em Nairobi, organização em paletes e entrega dos produtos protegidos prontos para transporte ao agente em terra do Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta. Tudo isso acontece em um ambiente com temperatura controlada, incluindo o uso de um resfriador a vácuo para refrigerar as flores frescas a 4°C em questão de minutos. A Airflo coordena suas remessas com as companhias aéreas, cuida da liberação alfandegária no aeroporto de Schipol, em Amsterdã, e da distribuição.
A DFG e a Panalpina concordaram em não revelar nenhum detalhe financeiro do acordo. A aquisição está sujeita a aprovação de autoridades quenianas e holandesas.