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Maersk elenca soluções para a logística brasileira

Companhia redige relatório que busca contribuir com a redução dos gargalos observados no país
Por Redação em 13 de fevereiro de 2014 às 9h58

O Grupo Maersk revelou ontem, dia 12 de fevereiro, em coletiva de imprensa realizada em São Paulo, o relatório Comércio no Brasil: Soluções para os Gargalos Logísticos Atuais. O documento fornece as mais recentes perspectivas a respeito do que precisa ser feito a curto prazo para que o país seja capaz de aliviar seus problemas de infraestrutura em busca de uma logística melhor.

O resultado é fruto de um estudo de mais de dois anos conduzido pela empresa a respeito dos principais desafios enfrentados pelos exportadores, importadores, armadores, terminais e operadores logísticos brasileiros, que culminou em um debate promovido em novembro de 2013 com 35 stakeholders dos setores público e privado.

O evento contou com três painéis em que foram discutidos os gargalos no Porto de Santos (SP), abordando tópicos como o acesso ao porto e o tempo de espera dos navios; a eficiência da logística portuária desde o momento da atracação das embarcações até a liberação dos contêineres; e a cabotagem como alternativa para reduzir a dependência do modal rodoviário no sistema logístico nacional.

Durante os debates, mais de 80 soluções diferentes foram apresentadas, dentre as quais 20 foram selecionadas como prioritárias. Entre elas, destaque para as três primeiras, apontadas pelos participantes do evento como essenciais: simplificar os processos burocráticos, adotando normas internacionais; aumentar significativamente a infraestrutura rodoviária em torno do Porto de Santos; e adotar um único portal que consolide a papelada necessária e que sirva como interface para todos os órgãos governamentais.

O CEO da Maersk Line, Peter Gyde, aponta que os problemas – e até mesmo as soluções – são velhos conhecidos dos brasileiros, mas que se não houver comprometimento para realizar ações concretas, nada vai mudar. “Algumas soluções nem custam nada. São apenas mudanças de processos”, analisa o executivo, falando a respeito das questões burocráticas.

Algumas das demais soluções consistem em estabelecer diálogos entre as partes envolvidas nos processos logísticos, rever o sistema ferroviário até a cidade de Santos, realizar obras de dragagem, promover a conscientização a respeito dos benefícios da cabotagem e até mesmo inaugurar novos portos.

Dentre os participantes do evento estão empresas como BRF, APM Terminais, Brasil Terminal Portuário (BTP), Gefco, DHL, Marfrig e Suzano, além de representantes da Câmara de Comércio Dinamarquês-Brasileira, da Universidade de São Paulo (USP), do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp).

O relatório será apresentado pela Maersk ao governo ainda em 2014, porém sem data definida.

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