A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) apresentou ontem, dia 24 de abril, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo, um pacote de obras estruturantes que tem como meta estimular a integração na América do Sul. A divulgação ocorreu durante o Fórum de Infraestrutura da América do Sul – 8 Eixos de Integração.
A secretária-geral da Unasul, Maria Emma Mejía, conta que foram identificados 88 projetos, abrangendo 12 países. Destes, 31 são prioritários. Entre os que precisam ser realizados de imediato, 11 possuem interface com o Brasil. A estimativa é que a realização das obras mais urgentes demande investimento de US$ 21 bilhões. Num primeiro momento, o objetivo é construir 2,4 km de pontos, 14 km de túneis, 57 km de aneis viários, 1.500 km de gasodutos, 3.490 km de hidrovias, 5.142 km de rodovias, 9.739 de ferrovias, além da dragagem de 379 km de rios.
De acordo com o ministro de Obras Públicas e Comunicação do Paraguai e presidente da Unasul, Cecílio Pérez Bordón, a perspectiva é de que até 2022 estas ações estejam concluídas. O trabalho agora, diz ele, é definir o modelo de financiamento. Entre as modalidades estão parceira público-privada (PPP), concessão ou investimento total público. Bordon faz um lembrete. “São projetos complementares. Por isso, os financiamentos podem ser definidos em conjunto pelos países”, diz.
Para o diretor Titular do Departamento de Infraestrutura da Fiesp, Carlos Cavalcanti, a iniciativa da Unasul é um avanço. “Antes, as discussões eram realizadas de forma bilateral. Agora, o pensamento leva em consideração o continente”, afirma.